Ao longo da pandemia, o governo reduziu o valor do auxílio de R$ 600 para R$ 300 e anunciou que não pretende renová-lo a partir de janeiro.
O sociólogo Rogério Barbosa, do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (Iesp) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), disse ao jornal Estado de S. Paulo que o fim do auxílio emergencial pode levar a desigualdade social de volta ao patamar dos anos 1980.
Ao longo da pandemia, o governo reduziu o valor do auxílio de R$ 600 para R$ 300 e anunciou que não pretende renová-lo a partir de janeiro.
Segundo Barbosa, o índice de pobreza, que considera quem recebe até um terço do salário mínimo (R$ 348), caiu de 18,7% em 2019 para 11% em setembro de 2020.
Sem os benefícios pagos pelo governo federal, segundo o pesquisador, esse indicador pode chegar a 24%, ou seja, quase um quarto da população. Além do auxílio, a população recebeu benefícios do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BeM).
Com o auxílio emergencial e o benefício pago para quem teve o salário reduzido ou o contrato suspenso, a renda média da população brasileira foi de R$ 1.321 em setembro. Sem os benefícios, teria sido de R$ 1.187.
Texto em português do Brasil
Exclusivo Editorial PV / Tornado