Esta é a resposta do governo à contestação do município de Évora ao traçado da linha, que utiliza uma antiga ferrovia já existente na parte oriental da cidade, que futuramente servirá para transporte de mercadorias entre Sines e Elvas.
Os habitantes de cidade de Évora não estão satisfeitos. Os residentes das imediações manifestam-se preocupados pelos impactos negativos que a passagem dos comboios possa provocar nos bairros junto à via-férrea.
O Ministério do Planeamento e das Infraestruturas já afirmou que não há razões para alarme, porque “as estimativas de procura apontam para 14 comboios por dia e não os 60 comboios que têm sido noticiados. Não é expectável um tráfego relevante de mercadorias perigosas, nem há razões para temer o barulho da passagem dos comboios uma vez que o projecto prevê as medidas necessárias para manter o ruído dentro dos limites legais”, adiantou fonte oficial do ministério ao jornal PÚBLICO.
Para o governo, a alteração da linha, representaria um acréscimo de custos na ordem dos 15 a 25 milhões de euros para um projecto que está orçado em 20,2 milhões. “Iria ainda colocar em risco o processo de licenciamento ambiental de toda a ligação Évora – Elvas, obrigando pelo menos a um novo processo de avaliação de impacte ambiental autónomo”, avançou ainda o ministério.
O gabinete de Pedro Marques, considera ainda que “o atraso na construção desta obra poderia exceder os três anos, comprometendo irremediavelmente o financiamento comunitário e pondo em causa a concretização do projecto estratégico para o país que é a ligação Sines – Elvas”.
Recorde-se que para o Ministério do Planeamento e das Infraestruturas, chefiado por Pedro Marques, a nova linha ferroviária entre Sines e Espanha, é uma das obras consideradas prioritárias há vários anos e estima-se que esteja concluída em 2020, num investimento de 733 milhões de euros.