Depois da experiência bem sucedida que ocorreu em Janeiro de 2017 vai ter lugar no Porto o 2º IndieJúnior Alllianz. A partir de hoje e até ao próximo domingo o Teatro Rivoli, a Biblioteca Municipal Almeida Garrett e o Cinema Trindade vão acolher numerosas exibições de filmes, mas também exposições, debates oficinas, conversas com realizadores e até… um bailarico.Tendo como público preferencial os jovens em idade escolar o IndieJúnior teceu uma interessante rede que liga o Festival a alguns estabelecimentos de ensino da cidade. E com isso garantiu, ainda antes do início do certame, lotações esgotadas para várias sessões.
A competição internacional de curtas-metragens, que inclui algumas dezenas de trabalhos recentes realizados um pouco por todo o mundo, está dividida em vários escalões etários: + 3 anos (pré-escolar), + 6 anos (1º ciclo), + 10 anos (2º ciclo), + 13 anos (3º ciclo) e + 16 anos (secundário).
Para além disso, e ainda nas curtas-metragens, haverá ainda uma competição com filmes destinados não só aos jovens de todas as idades mas para toda a família e amigos que terá locução ao vivo por alunos do Balleteatro e uma outra designada “Eu e Tu (e Toda a Gente que conhecemos) que inclui filmes seleccionados por alunos do 3º ciclo e secundário. A propósito refira-se que uma das actividades paralelas do IndieJúnior se chama “Eu programo um festival de cinema” e é um desafio lançado pela organização a turmas do pré escolar do Liceu Francês, do 9º ano do Colégio Luso-Francês e do curso profissional da Escola Bento de Jesus Caraça.
Competição de longas-metragens
Na competição de longas metragens estarão quatro filmes: o croata ‘O Mistério da Colina Verde’ de Cejan Cernic, o franco-belga ‘Perdidos em Paris’ de Dominique Abel e Fiona Gordon, o holandês ‘O professor Sapo’ de Anna van der Heide e o brasileiro ‘Um Filme de Cinema’ de Thiago B. Mendonça.
Para julgar os filmes em competição haverá três júris (Oficial, Escolas e Público). A programação abarca filmes de ficção e documentários, e tem, como é natural, tendo em vista as idades do público principal do certame, um enfoque muito particular no cinema de animação que será tema de uma exposição patente na Biblioteca Almeida Garrett.
As temáticas são muito variadas mas deve ser referida a especial atenção dedicada às questões do ‘bullying’ e da identidade de género, que serão abordadas não só em filmes, mas também em oficinas e debates.
O Meu Primeiro Filme
Tal como aconteceu na 1ª edição, a organização do IndieJúnior/Porto convidou três figuras públicas a escolher e apresentar filmes que, de alguma forma, tenham tido particular importância na sua relação inicial com o cinema. E assim, pela mão da música e cantora Ana Deus os espectadores serão convidados a ver (ou a rever) a versão da Disney de ‘Alice no País das Maravilhas’ de 1951, enquanto que com o letrista e escritor Carlos Tê se poderá voar com ‘Os Gloriosos Malucos das Máquinas Voadoras’ realizado por Ken Annakin em 1965. A escolha do músico Rui Reininho recaiu em ‘Viagem ao Centro da Terra’ de Henry Levin (1952). Estas serão sessões porventura destinadas a um público mais velho… talvez os pais ou os avós dos elementos do núcleo duro do público do festival. Mas, e porque não, também destinadas aos jovens de hoje!
Esta é de resto uma das características marcantes do IndieJúnior – a tentativa de sentar lado a lado, e tendo como objecto a visão de um filme, pessoas de várias gerações. O primeiro ensaio deste ano ocorreu no passado dia 20, quando várias centenas de pessoas encheram o salão nobre da Reitoria da Universidade do Porto para a verem alguns dos filmes premiados na edição de 2017.
Os dados estão lançados para a tentativa de bater os resultados do ano passado. Nesta 2ª edição a organização pretende ultrapassar o número espectadores de 2017 que ultrapassou os cinco mil. Vai, certamente, alcançar os seus objectivos.