No G7, no fim da reunião, apareceu a guerra de comunicação… Os serviços de Merkel distribuíram aos media uma imagem de uma Merkel muito prussiana e em atrevida posição ofensiva frente a um Trump impávido, calado e de braços cruzados. E esta iniciativa alemã de guerra de informação coloca uma questão e revela muita coisa.
A iniciativa dos serviços de Merkel é tão ofensiva como o sugerido na posição da imperadora da Europa. A questão, portanto, é: que pretende a Alemanha, cuja defesa depende dos USA e cujo excedente comercial deve muito à relação transatlântica, com esta ofensiva de guerra de informação?
A resposta de Trump veio poucas depois e apanhou tudo de surpresa (até os jornalistas que estavam com ele no avião a caminho de Singapura que só a descobriram aquando de uma escala técnica). O presidente ignorou a “provocação” de Merkel e usou as ingénuas declarações do canadiano Trudeau para mandar tudo meter o comunicado final da reunião num certo sítio: o caixote do lixo.
A esta hora, tanto a Merkel como Trudeau já devem ter percebido que as suas manobras ofensivas de guerra de informação não resultaram. Bem pelo contrário, foram contra-producentes.
Como mestre Putine lhes pode explicar, a guerra de informação não é para principiantes… E a posição face ao alvo ou ao adversário comanda essa guerra e também as formas como é travada e desenvolvida. E tanto Trudeau como Merkel esqueceram-se de definir adequadamente a posição, meteram a pata na poça e caíram na esparrela de Trump. Agora, queixem-se…
Exclusivo Tornado / IntelNomics
Receba a nossa newsletter
Contorne o cinzentismo dominante subscrevendo a Newsletter do Jornal Tornado. Oferecemos-lhe ângulos de visão e análise que não encontrará disponíveis na imprensa mainstream.