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João de Sousa

Quarta-feira, Dezembro 25, 2024

Comunicado do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil

TAP

A propósito do artigo publicado a 4 de setembro, na página 8 do CM, sob o título “Homem morre em voo da TAP sem meios de socorro”, recebemos do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil o seguinte direito de resposta:

“O desfibrilhador não é obrigatório por lei em voos de médio curso, razão pela qual a TAP, à semelhança de outras Companhias aéreas Europeias, não o tem disponível nos equipamentos que operam esses voos;

Quando se diz que ” o desfibrilhador automático externo que a vítima transportava não funcionou”, tal não corresponde à verdade pois a vítima transportava não um desfibrilhador, mas sim um aparelho de oxigénio portátil;

Quando se afirma que no Airbus A321 seguiam 12 Tripulantes, embora este Sindicato aplauda a ideia, também este facto não é verídico. O Airbus A321 que a TAP opera tem dois Pilotos e como Tripulação Tipo estabelecida para este equipamento cinco Tripulantes de Cabine;

Quando se cita o Bastonário da Ordem dos Médicos, nem o jornal nem o próprio Sr. Bastonário têm de facto conhecimento que, também na TAP, os Tripulantes de Cabine têm formação específica em primeiros socorros, ministrada por Médicos da Empresa. A formação dos Tripulantes de Cabine é exigente e completa, sendo o suporte básico de vida feito com recurso a equipamentos e máquinas que nenhuma companhia de aviação tem disponíveis nos seus aviões.

Q que aconteceu no voo da TAP foi trágico. Lamentamos profundamente, por inúmeros motivos. Quer pela família do passageiro que acabou por não sobreviver, quer pelos outros passageiros que tiveram de suportar esta situação. Mas podemos afirmar que o comportamento da Tripulação, quer de Cabine quer a Técnica, foi exemplar. A ajuda prestada não por um, mas sim por três médicos que se encontravam a bordo, foi inestimável, mesmo não se conseguindo evitar o desfecho que se conhece.

Para que a verdade e a justiça da situação sejam repostas, este esclarecimento é absolutamente necessário, uma vez que aquilo que foi publicado foi-o sem qualquer tipo de recurso a informação fidedigna, oficial e sustentada.

Se por vezes em Hospitais, com todos os meios auxiliares disponíveis não é possível salvar uma vida, num avião, mesmo estando este equipado com materiais de sobrevivência, desta vez, infelizmente não se conseguiu, porque são muitíssimas as vezes em que se consegue.”

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