O cantor Miguel Gameiro foi o convidado deste ano da sétima edição do concerto de Ano Novo da banda de música da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Torres Vedras, no dia 14 de Janeiro, no Pavilhão Multiusos, perante uma plateia de cerca de 2.700 pessoas.A banda interpretou três peças na primeira parte do concerto, abrindo com uma estreia, Big Band, da autoria de Rui Silva, o maestro titular na direcção do grupo, mas que tem estado ausente por motivos de saúde e foi substituído pelo seu irmão Marco Silva. Seguiram-se as peças Hispania, de Óscar Navarro; e Proud Mary, de John Fogerty com arranjo de Rob Van Reijmersdal.
O espectáculo contou com a participação de alguns convidados especiais, como os músicos alentejanos Pedro Zagalo (piano) e Herlander Medinas (contrabaixo e baixo elétrico), ambos membros da banda Monda; do torriense Ruben Monteiro, dos Albaluna, que tocou guitarra clássica e eléctrica; e ainda do saxofonista Ricardo Branco, também torriense e, neste caso, um membro efectivo da banda dos bombeiros mas agora com uma carreira a solo.
Segunda parte com Miguel Gameiro
Na segunda parte actuou Miguel Gameiro, acompanhado pela banda de música dos bombeiros. Interpretou vários temas muito conhecidos do público, alguns gravados com os Pólo Norte, outros já dos seus álbuns editados e solo (“Porta ao Lado” e “11 Canções”) e ainda um tema que vai fazer parte do próximo trabalho discográfico do cantor e músico.
O concerto não terminaria sem dois encores, perante a insistência do público em voltar a ver os músicos no palco. O primeiro com a repetição de uma canção e o segundo com a Marcha da Cidade de Torres Vedras.
No final do concerto Miguel Gameiro revelou que “foi um concerto extraordinário, muito diferente do que eu estou habituado. No início houve ali alguma dificuldade em adaptar-me, mas depois com o talento dos músicos e do maestro consegui descontrair um pouco e acho que correu muito bem”.
O cantor referiu também que “nunca tinha ouvido esta banda, mas agora que tive o privilégio de actuar com ela, sobretudo após um ano muito complicado para os bombeiros, sinto-me orgulhoso de ter vindo morar para uma terra com todo este talento musical”.
Agradecimentos
Normalmente somos apenas quatro músicos em palco e às vezes temos dificuldade em estarmos todos em sintonia. Por isso acho extraordinário como é que uma banda, com dezenas de músicos de diferentes idades e tantos instrumentos, consegue tocar desta forma tão perfeita” Acrescentou Miguel Gameiro, que aproveitou para dirigir um “agradecimento ao público, que foi fantástico e ajudou a descontrair de algum nervosismo que havia no início”.
Para o maestro Marco Silva a experiência: foi fantástica, sobretudo o acolhimento do público. O casamento entre a banda e o Miguel Gameiro foi perfeito, estávamos muito bem sintonizados. Três ensaios foram suficientes para afinarmos tudo, porque os arranjos já estavam feitos, somos todos músicos e quando falamos a mesma língua é tudo muito fácil”
Sobre o facto de substituir o seu irmão na direcção da banda, confessou que “o factor emotivo foi mais complicado de gerir, mais do que o nervosismo, mas as coisas começaram a fluir e é bastante fácil trabalhar com esta banda, porque responde ao que nós pedimos”.