Neste ano pusemos fim ao ciclo do ódio, da violência e da destruição. Foi uma grande vitória da unidade das forças democráticas e de esquerda para enterrar o fascismo. Mas devemos permanecer vigilantes e engajados em defesa da democracia, dos direitos humanos, sociais, trabalhistas e individuais.
A nossa luta para que todas as pessoas tenham vida digna não cessa enquanto não conquistarmos uma sociedade onde prevaleça a solidariedade, a generosidade, a liberdade e o respeito à diversidade humana.
Para consolidar a grande vitória dos setores da sociedade que pensam um país livre, soberano e justo, devemos insistir na revogação da Emenda Constitucional 95 – Teto de Gastos – para o Estado investir no combate às desigualdades abissais deste país.
Também é fundamental lutarmos pela restauração dos direitos trabalhistas e de aposentadoria digna. Porque o que se vê atualmente é o crescimento do trabalho precário e da desvalorização do ser humano.
Acabar com a fome e promover tudo o que for necessário para a melhoria de vida das pessoas, principalmente de quem mais precisa. O trabalho decente deve voltar a ser a rotina do nosso cotidiano. A precariedade deve deixar de ser a norma. Salário decente para garantir três refeições diárias, ao menos. Descanso remunerado e todos os direitos garantidos.
Essencialmente para tudo isso dar certo, é necessário investir em educação pública. E os investimentos devem ser para as escolas reunirem todas as condições de um ensino de qualidade, democrático, democratizante, inclusivo e de respeito à diversidade. E para isso, os salários do magistério precisa melhorar e muito.
Também é fundamental fortalecer o SUS e criar políticas de esporte e cultura aliados à educação como molas propulsoras da vida das crianças e adolescentes. E que eles possam viver sem medo e com alegria.
Enfim, a nossa luta está apenas começando rumo a um futuro repleto de paz, de amor, de resiliência e de vida boa para todo mundo. Porque “vê como o asfalto é teu jardim se você crer/Que há um sol nascente avermelhando o céu escuro/Chamando os homens pro seu tempo de viver/E que as crianças cantem livres sobre os muros”, com cantou Taiguara (1945-1996).
Texto em português do Brasil