As ruas e avenidas abertas por esse mundo fora, onde as auto-estradas são mera ligação de localidades mais distantes, estão desertas. Sem vida. Sem alma.
Em contrapartida, as novas ruas, avenidas e auto-estradas virtuais, abertas em canais de comunicação ponto-a-ponto. Em linha. Com servidores interfaces a servirem de placas giratórias, estão com fluxos de trânsito limitado, tal é a densidade de transporte de comunicação que carrega e descarrega em simultâneo por todo o mundo.
O COVID 19 isolou a voz, os afetos pessoais, a presença física do Homem, num tempo conturbado em que só a acutilância e a inteligência consegue entender o efetivo alcance dos reais efeitos nefastos que já provocou; está a provocar; e continuará a provocar; em todos os domínios:
- sociais;
- políticos;
- religiosos;
Um triângulo demasiado perigoso quando interligado no exercício do poder com o medo a servir de arma.
Um assunto pertinente mas que vem estando no foco central da discussão sobre a sustentabilidade mundial no atual canário dos verdadeiros motivos que causam as alterações climáticas no planeta; a desertificação das localidades; as concentrações em urbes; a acumulação de riqueza versus o aumento da pobreza intercontinental; as migrações de povos fugindo da fome e da guerra tribal e intencional nos seus Países; a contaminação dos Oceanos, do ar e da água potável; circunstâncias que tornam a vida num exercício complexo e a eliminarão e breve trecho se não forem tomadas medidas efetivas.
As questões que se colocam são sempre as mesmas:
- equidade;
- justiça;
- liberdade;
Mas voltemos ao COVID 19 e, o medo.
O medo que já vinha sendo resultado efetivo, articuladamente trabalhado pelos média, instalando o caos social a que só o esclarecimento com senso despoletado por quem tem o dever de zelar pela saúde pública pôs cobro de forma tardia mas eficaz.
E assim, as pessoas optaram sem qualquer imposição por reordenar os seus hábitos de vida em conformidade com a evolução da propagação do COVID 19 sem alarme nem alarde conhecida que era a sua disseminação internacional e algumas das formas adotadas em alguns países, nomeadamente a China, País onde alegadamente terá tido a sua origem, para conter essa possível e, previsível, pandemia.
Mas, se o COVID 19 trouxe o medo, um sentimento de dor terrível e de insegurança total, também trouxe o reacender de uma chama; a chama da esperança em que tudo passe e a vida volte a ser, simplesmente, vida!
Tanto quanto tem sido possível apurar a faixa etária com maior risco de contração do COVID 19, excluindo desta fórmula os profissionais de saúde, localiza-se acima dos 60 anos de idade. Uma idade que vem sendo trabalhada cientificamente para que se prolongue mas que impede a coabitação harmoniosa da biodiversidade mas também da sustentabilidade planetária em recursos disponíveis. Uma discussão pura e dura mas, demasiado inconveniente para aquela que caminha para ser metade da população existente na Europa de, ascendência Europeia, e que, trava o crescimento de novas gerações por circunstâncias conjunturais em que o ponto central é a chave desta equação: o interesse económico. A indústria constrói e destrói o que seja desde que o resultado gere lucro. Não lhe importa como. Desde que seja um lucro imediato para suporte de algo imaterial: o poder.
Porque, o medo e o poder sempre foram a mesma coisa na justa medida em que é sempre um que gera o outro. O poder assenta no medo e vice versa. Mesmo em democracia.
A organização das sociedades, assentando em modelos oligárquicos para uma melhor articulação entre as diversas necessidades implícitas aos hábitos e usos contemporâneos.
Nesse sentido o seu suporte estrutural assenta em Legislação que regula e impõe.
Ora, a imposição, é por si só, algo que dita o medo para que não seja violada essa imposição.
Por sua vez, a Legislação, pode ser mais, ou menos, justa.
Num tempo em que a justiça vem sendo fortemente questionada pelos povos, surge esta epidemia pandémica na família dos Corona vírus que identificam como COVID 19 sem que se lhe conheça a origem: se um derivado ou um produto confecionado.
Seria demasiado assustador e de efeito avassalador partir do segundo pressuposto.
O primeiro pressuposto admite o ajustamento do vírus adquirindo novas resistências para que se propague contornando todos os antivírus existentes de forma a conseguir a sua própria sobrevivência que é, naturalmente, contrária à sobrevivência da espécie Humana mas, de que necessita para a sua própria sobrevivência.
São as contradições de suporte às vida Natural onde o Homem, por ser possuidor de uma mais valia relevante: a inteligência, consegue vencer e ultrapassar.
A bem das gerações futuras e da relação ambiental em mutação permanente mas, sustentável.
E, assim, o COVID 19, terá uma vacina para o conter e, isolar.
Por opção do autor, este artigo respeita o AO90
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