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Sexta-feira, Dezembro 20, 2024

Cresce “Movimento das Sardinhas” na Itália, contra a extrema direita

O movimento nasceu como protesto a um comício da ultradireitista Liga em Bolonha.

As manifestações das “Sardinhas” reúnem dezenas de milhares nas praças, contra intolerância, nacionalismo e extremismo de direita.

Dezenas de milhares foram às ruas de Roma no sábado (14) para protestar contra a extrema direita. A manifestação de massa foi o ponto alto do assim chamado “Movimento das Sardinhas”, iniciado há apenas um mês na Itália.

No evento de fundação, os organizadores visavam reunir mais gente do que o ultradireitista, enchendo a grande praça da cidade de cidadãos, apertados como sardinhas. Eles conseguiram, e o peixe foi adotado como símbolo do movimento.

Neste sábado, as “Sardinhas” encheram a Piazza San Giovanni, local tradicional de manifestações dos trabalhadores e da esquerda italiana, e plena de carga simbólica.

Muitos manifestantes portavam fotos e figuras de peixes. “A ideia era encher a praça e, eu diria, a meta foi alcançada”, avaliou Mattia Santori, um dos fundadores do movimento. As “Sardinhas” não queriam substituir nenhum outro movimento nem expulsar ninguém das praças, explicou.

Eleições de janeiro

Segundo Santori, além da capital, houve manifestações em 25 outras cidades italianas neste sábado. No domingo, cerca de 160 representantes do movimento vão reunir-se em Roma para deliberar sobre a estratégia futura do movimento.

Nas últimas semanas ocorreram numerosas manifestações análogas em outras cidades da Itália. Nas palavras de seus fundadores, a iniciativa é dirigida contra a intolerância, o nacionalismo e o extremismo de direita, sem pretensões de se transformar em partido.

Segundo pesquisas, com mais de 30% da preferência popular, a ultradireitista Liga é, de longe, a legenda mais forte da Itália. Após sua vitória na eleição regional da Úmbria, em outubro, o ex-ministro do Interior Matteo Salvini conta também vencer na região da Emília-Romanha, tradicional reduto da esquerda, no pleito do fim de janeiro.


Texto original em português do Brasil

Exclusivo Editorial PV / Tornado


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