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João de Sousa

Sábado, Julho 27, 2024

Crise, Oportunidade e ARN (sim, ARN)

José Mateus
José Mateus
Analista e conferencista de Geo-estratégia e Inteligência Económica

Os portugueses sempre foram bons na “gestão por catástrofe”. Com a catástrofe do “coiso chinês” (como se lhe refere uma santa amiga minha), apesar dos altos e baixos e de alguma derrapagem, no fim, não será diferente.

Toda a Europa, todo o Ocidente (ou quase) cometeu erros estratégicos terríveis nas abordagens iniciais ao “coiso”, logo em princípios de 2020. E, é sabido, não é possível mudar de estratégia do dia para a noite… Para rectificar estratégias, convém ter presente que “crise” é também “oportunidade”. A não perder.

Efeito colateral, o “coiso” dá a todo o Ocidente a oportunidade de se ver ao espelho e detectar muito em que não tinha reparado. Desde as estruturas económicas da chamada “globalização” à emperrante burocratização dos aparelhos e serviços de Estado, passando pelo domínio avassalador de uma cultura avessa ao risco.

Outro e não menos importante efeito colateral é o fornecer a oportunidade para transformar em produtos tecnológicos alguma investigação científica até agora ‘trancada’ em laboratórios e à espera do seu momento. Sequela do “coiso”, vem aí uma revolução na indústria farmacêutica e nos tratamentos médicos. A ocasião fez a mudança…

Porque a nossa imprensa (em todos os seus suportes) está mais atenta a paixões do que a razões, limita-se a olhar a espuma dos dias e tem-lhe escapado a vaga que aí vem. Como, felizmente, ainda há grande imprensa que pensa, o francês ‘Le Point’ desta semana dedica umas quantas páginas muito sérias à matéria e faz com ela a sua ‘capa’. Estejam atentos a esta sigla: ARN. Muito da nossa vida, a partir de agora, terá o ARN como vector. A entrevistada do ‘Le Point’ explica porquê.

Como em outras ocasiões da nossa bem longa história, a crise do “coiso” dá-nos a oportunidade para nos reconstruírmos e sairmos mais estruturados e preparados para novos horizontes. Como fizemos com Pombal no século XVIII. Assim haja, na direcção do Estado, uma equipa como, por exemplo, a do Marquês…


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