Enquanto se preocupam em ludibriar a geração, 70, 80 e que sentiu na pele as consequências da guerra, e vê no conformismo o caminho para não sangrar as cicatrizes, esquecem – se da geração 90, 2000 que resolve tudo com um enter, está avariado, recicla… Quando complica reinicia… E acham que os dowloands abastecem as carências e com um cabo USB têm carga para aguentar todos os níveis de uma batalha. Uma geração imediatista que mede tudo em Bytes, e as conexões são rápidas e calculistas.
Um like na acção positiva, uma adoro na acção emotiva, unlike quando contraria e exactamente um smile, quando o absurdo os visita, causando uma intensa gargalhada…
Está geração que sabe o quer na hora de escolher, que sabe exactamente a diferença entre o full e o light… Entre o com e o sem…
Talvez as camisolas da propaganda das eleições não venham a cobrir a nudez exposta na mentalidade desta geração que sabe a diferença entre a Gucci e Louis Vuitton… E ainda assim preferem andar semi nus para expor os bícepes ganhados na exagerada frequência ao ginásios, corpos enfeitados de tatuagem de símbolos desconhecidos, e fertilizados com suplementos venenosos.
Um país inteiro parado, quando das veias drenaram os líquidos preciosos (água e combustível).
Homens que têm a honra manchada pelo sangue do boi, que evapora no solo seco arrastado pela transumância. E a sexta-feira ainda é dia do homem… que anestesia a realidade e repete o famoso coro, vamos fazer mais como então?? Tu Banga kiebe?
E a dança das cadeiras continua, levanta aqui senta ali.
A autora escreve em PT Angola
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