Polícia não será responsabilizada por crimes contra o povo.
De acordo com o balanço mais recente da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), o número de mortos em quase um mês de manifestações na Bolívia chegou a 23. A entidade denunciou como “grave” um decreto do governo golpista que autoriza os militares a “controlar a ordem pública”, ao mesmo tempo que isenta os oficiais de responsabilidades penais.
Ao mesmo tempo que enviado da ONU começou a tomar contato com autoridades do governo golpísta de Jeanine Áñez e organizações sociais para restaurar a paz no país, a CIDH aumentou de cinco para nove o número de mortos nos confrontos na cidade rural de Cochabamba.
O balanço divulgado pela CIDH coincide com o da Defensoria do Povo de Cochabamba, mas diverge dos números do governo, que mantém em cinco o número de camponeses leais ao ex-presidente Evo Morales mortos na sexta-feira.
No Twitter, a CIDH chamou de “grave” o Decreto 4078 do governo de Áñez, aprovado na quinta-feira e divulgado extraoficialmente no sábado, que blinda os militares.
🔴 CIDH actualiza las cifras de víctimas en #Bolivia: desde ayer son 9 fallecidos y 122 heridos desde la represión combinada de la policia y fuerzas armadas. Se totaliza por lo menos 23 personas muertas y 715 personas heridas desde el inicio de la crisis institucional y política. https://t.co/y9LIbOITRT
— CIDH – Comisión Interamericana de Derechos Humanos (@CIDH) November 17, 2019
“O grave decreto da #Bolívia ignora os parâmetros internacionais da DDHH e por seu estilo estimula a repressão violenta”, afirmou o organismo.
O ex-presidente Morales, asilado no México desde terça-feira, foi além no Twitter: “É uma carta branca de impunidade para massacrar o povo”.
Los autores del #GolpeDeEstadoEnBolivia gobiernan con decretos, sin en el Legislativo y apoyados en armas y bayonetas de Policía y FFAA. Promulgaron un DS que deja a la institución militar exenta de responsabilidad penal. Es una carta blanca de impunidad para masacrar al pueblo pic.twitter.com/tfIFtutprv
— Evo Morales Ayma (@evoespueblo) November 16, 2019
Texto original em português do Brasil
Exclusivo Editorial PV / Tornado