Demolição ilegal e desalojamento forçado de aldeia beduína palestiniana constitui crime de guerra por Israel.
A Amnistia Internacional divulgou um comunicado onde exorta a Israel ao cancelamento imediato dos “planos de demolição ilegal da aldeia beduína palestiniana de Khan al-Ahmar, na Cisjordânia, assim como de desalojamentos forçados das pessoas que ali vivem”, que para a organização de direitos humanos, poder vir a constituir crime de guerra por parte de Israel.
As autoridades israelitas têm de cancelar imediatamente os planos para demolir a aldeia beduína palestiniana de Khan al-Ahmar, assim como os desalojamentos forçados da comunidade ali residente – sustenta a Amnistia Internacional – ao ser esperada no local a chegada de bulldozers ontem, sexta-feira, 1 de Junho, após a mesma ter sido autorizada, na semana passada, pelo Supremo Tribunal de Israel.
Os habitantes da aldeia deverão ser transferidos para uma zona próxima da antiga lixeira municipal de Jerusalém, perto da povoação de Abu Dis.
A decisão chocante tomada na semana passada pelo Supremo Tribunal, que permite ao Exército de Israel demolir por completo a aldeia de Khan al-Ahmar, desfere um golpe devastador nas famílias que passaram quase uma década a fazer campanha e a travar uma batalha legal para conseguirem permanecer nas suas terras e manter o seu modo de vida. Avançar com esta demolição não é apenas cruel – será também uma transferência forçada , o que constitui crime de guerra”.
Khan al-Ahmar é habitada por cerca de 180 pessoas da tribo beduína Jahalin. A povoação está rodeada por vários colonatos ilegais israelitas na região a leste de Jerusalém.
Os membros da tribo beduína Jahalin debatem-se há mais de 60 anos para manter o seu modo de vida. Forçados a abandonar as suas terras no deserto de Negev/Naqab nos anos de 1950, continuaram a ser perseguidos, pressionados e obrigados a reinstalarem-se noutros locais por sucessivos governos israelitas.
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