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Domingo, Setembro 1, 2024

Deorum, um lugar além estrelas

Sérgio de Jesus Miranda
Sérgio de Jesus Miranda
Gestor, linguista, coach motivacional, empreendedor e escritor. Investigador autodidacta nas áreas da astrobiologia e estudos sobre a ufologia/ovnis (objectos voadores não identificados) membro do grupo de estudos da área 51 estudos ufológicos Brasil/USA

Longe da realidade substancial, a Deorum, embora isolada dentre os lugares jamais encontrados na visão de quem busca uma vida no infinito espaço vazio, na expedição da vida perdida para nunca ser encontrada

1. Ser ou não crer

(continuação)

Khaukuh, exponencialmente cansado e com as suas últimas forças energéticas, vivenciara períodos diferentes, tentando manter incansavelmente, este lugar desvanecido nas profundezas ensodáveis do pensamento alheio, no comodismo do conhecimento abstracto de um aborígene fiel e comprometido com o que achara ser verdade absoluta, com mais noites que as demais criaturas da Deorum, o tempo o tornara frio e intolerante, frenético e insuportável para algumas criaturas, porém temível, pois o velho sabia de tudo que se passara no seu habitat e sem excepção, no cumprimento, na rigorosidade de tomadas de decisões e não só, o velho mestre sempre soubera calcular o momento certo de agir, e o momento importuno em que simplesmente, a não manifestação de uma decisão imediata servira como resposta ao tempo decisivo entregue à mercê divina.

Longe da realidade substancial, a Deorum, embora isolada dentre os lugares jamais encontrados na visão de quem busca uma vida no infinito espaço vazio, na expedição da vida perdida para nunca ser encontrada, a mais jovem criatura da Deorum, parentava não estar sujeita à dogmatização do velho mestre e temível patriarca. A criatura, Dinares, na sua essência, possuíra pensamentos próprios, ideias pouco ortodoxas e incomuns ao conhecimento dos habitantes da Deorum. Embora vivesse em enótita e harmonia com os seus, acreditava ser uma crio-libera[6], sabia das consequências e suas punições, ainda assim considerava-se livre, sonhando na possibilidade da existência de algo maior bem lá no além, revelando-se firme em suas crenças, crenças essas que foram se multiplicando de acordo às suas constantes visões e aparições de criaturas não identificadas em seus sonhos.

As visões eram pouco lúcidas, sem detalhes, sem nomes, e tão pouco deixavam rastos de captá-los, eram baralhadas, como se fossem quebra-cabeças, Dinares procurava captar imagens de orbes que possivelmente vagueassem ao redor da Deorum, sendo o seu mais um, entre os demais no céu nocturno. Acordava pensando nos acontecimentos constantes que o tornavam cada vez mais indiferente e ausente, pairando em lugares mais altos da escuridão eterna, e se perdia na imaginação, observando imagens de nuvens escuras no céu, que sobrevoavam de orbes há orbes, no seu imaginário, observara a existência de criaturas não identificadas que orbitavam lugares iluminados, e com bastante vida, lá, sobreviviam de uma substância não identificada, considerado o maior factor para existência daquelas criaturas. – Criaturas estranhas e limitadas, – cismava, sem saber decifrar suas origens, e embora possuíssem um rosto, olhos, braços e pernas, as criaturas nas visões de Dinares eram completamente diferentes, e com uma aparência física muito limitadora, pois não possuíam o guissán[7] divino, o guissán do autoconhecimento celestial, fazendo com que, seu guissán interno parentasse fraco, e sem conhecimentos para soluções dos problemas básicos e fundamentais em seu habitat, não possuíam a capacidade do uso das energias que os conectara com o universo e seus ancestrais, sua psique, era meio que inexistente, porém, dominada apenas por alguns, representando ainda assim uma simbolização de alegria e constante aprendizado, obrigados a um esforço incansável na busca de suas origens perdidas no seu interior. Embora abençoados com um céu azul e gratuito, abundância de oxigénio, arvores, frutos e flores, cor e luz, as criaturas eram instáveis e totalmente aprisionadas á emoções e comportamentos egocêntricos, afligindo a sua coerência ao plano sideral[8].

Diferentes das criaturas de Deorum, para Dinares, as criaturas em suas visões encontravam-se muito abaixo da evolução universal, pois embora considerando-se civilizados, vivendo em casotas estruturadas e criadas por elas, limitando totalmente a sua capacidade celestial, claramente era fácil Dinares perceber que essas criaturas jamais poderiam possuir o conhecimento que rege o universo, e seus segredos avançados.

[6] Crio-libera – Criatura livre
[7] Guissán – Poder
[8] Plano Sideral – Que diz respeito aos astros, às estrelas ou ao céu (plano celeste)


Como aperitivo à prosa de Sérgio de Jesus Miranda, apresentamos novo capítulo do livro Deorum, um lugar além estrelas


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