A notícia foi divulgada pelo The Independent, que avançou que Cox foi atacada à porta de uma biblioteca e não resistiu aos ferimentos, tendo falecido no Leeds General Infirmary.
O Partido Trabalhista britânico emitiu um comunicado, onde declarou que «toda a família Trabalhista – e todo o país – estão em choque com o horrendo assassinato de Jo Cox». Considerada uma das maiores promessas da política britânica, Cox «morreu a desempenhar o seu dever público no coração da nossa democracia, representando o povo que a elegeu», acrescenta o comunicado.
Jo Cox foi eleita para o Parlamento para representar Batley e Spen, em Yorkshire, em Maio de 2015. Antes de ser eleita, trabalhou para a organização internacional Oxfam, uma ONG que presta ajuda humanitária.
A deputada defendia os direitos dos imigrantes e refugiados muçulmanos e a permanência do Reino Unido na União Europeia, contrariando os nacionalistas conservadores que defendem a “Brexit” (retirada do Reino Unido da organização, a ser submetida em referendo em 23 de Junho) e o encerramento do país à imigração da Europa Oriental e Oriente Médio.
Entretanto, Brendan Cox, o marido, pediu aos britânicos que «lutem contra o ódio que a matou», adiantando dedicar-se, em conjunto com os amigos do casal e a família, e «trabalhar diariamente para amar e educar os filhos e combater o ódio que matou» Jo Cox.
«Jo acreditava num mundo melhor e lutou por ele todos os dias da sua vida com uma energia e um entusiasmo pela vida que arrasaria a maioria das pessoas», disse ainda Brendan Cox.
Testemunhas fazem referência a nacionalistas radicais britânicos
Jo Cox foi baleada esta quinta-feira à tarde com três tiros, de acordo com fontes no local. Um proprietário de um café na zona disse à BBC: «ele disparou sobre a senhora uma vez e depois disparou outra vez, caiu no chão, debruçou-se e atirou mais uma vez sobre ela na zona da cara».
Seguidamente, quando alguns populares o tentavam travar, terá sacado de uma faca. Por seu turno, a Sky News citou relatos não confirmados de que o atirador terá gritado «Britain first», uma alegada referência a um grupo de extrema-direita britânico com o mesmo nome.
Segundo a polícia local, o ataque foi obra de um atirador isolado, identificado pela imprensa britânica como Tommy Mair, de 52 anos. A polícia confirma apenas que foi detido um suspeito.
«Um indivíduo do sexo masculino, de 40 a 50 anos, que se encontrava perto, sofreu ferimentos ligeiros e um homem de 52 anos foi detido na zona», noticiaram as autoridades. O ferido terá sido um homem que terá tentado auxiliar Cox e controlar o atacante, de acordo com alguma imprensa do Reino Unido.