A pesquisa do grupo de Fabiano Thompson começou em 2012 mas só recentemente foi publicado o resultado do estudo deste recife que é bastante particular, sobretudo no sítio onde se localiza.
O Rio Amazonas caracteriza-se por formar uma nuvem espessa de poluição atmosférica que diminui os níveis de luz no fundo do mar, condições não favoráveis ao aparecimento de corais. Foi debaixo dessa massa densa e escura que o grupo de investigadores descobriu uma crosta de esponjas e algas vermelhas chamadas “rhodoliths” numa plataforma continental rasa.
“Este é o primeiro recife quimiossintético que usa minerais como amónio e enxofre para sustentar o recife em vez de luz e produção primária”, disse Thompson ao site GizModo.
O recife, com cerca de 9.500 quilómetros quadrados de densidade, tem uma extensão de cerca de 1000 quilómetros que vão desde a fronteira da Guiana Francesa até ao Estado do Maranhão do Brasil.
Descoberta em perigo
A recente descoberta corre riscos devido à previsão de existência de 80 blocos de exploração de petróleo e de perfuração na foz do Amazonas. Actualmente, 20 delas já estão em funcionamento.
“Estes blocos em breve estarão a produzir petróleo em estreita proximidade com os recifes (…). Tais actividades industriais de grande escala apresentam um grande desafio ambiental “, dizem os autores da descoberta.