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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

Dia do Professor: é preciso refletir sobre o trabalho docente no Brasil

Francisca Rocha
Francisca Rocha
Professora Francisca é dirigente licenciada de Assuntos Educacionais e Culturais da Apeoesp – Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação (CNTE) e de Finanças da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB

Depois de seis anos de completo abandono, os 2,5 milhões de professores brasileiros, 2,2 milhões somente no ensino básico, sentem a necessidade de valorização profissional e respeito à sua atividade essencial para que o país volte a crescer com combate às desigualdades.

E tudo começa pela criação de uma Política Nacional de Valorização dos Profissionais da Educação que contemple a todas e todos. Porque os profissionais dessa área vital ganham salários baixíssimos e as escolas estão desestruturadas.

No estado mais rico da Nação, São Paulo, as escolas da rede oficial de ensino público estão abandonadas pelo governo estadual. Os salários são aviltantes, não temos plano de carreira e sofremos assédio moral cotidianamente.

Então para termos o que comemorar no Dia do Professor, neste 15 de outubro de 2023, precisamos nos unir cada vez mais para dar um basta à gestão autoritária que persegue e adoece os profissionais da educação.

Precisamos ser respeitados e receber os salários de acordo com a nossa função e responsabilidade, precisamos ter perspectivas de um plano de carreira decente, que nos contemple com formação continuada e precisamos que as escolas tenham todos os componentes necessários para um  bom desenvolvimento da atividade de ensinar e aprender com liberdade.

Para isso tudo, precisamos de um concurso público com ao menos 100 mil vagas para não termos mais os ditos “temporários” por anos a fio, que trabalham sem a maioria dos direitos trabalhistas. Precisamos de mais professoras e professores efetivos com condições de trabalho decente e salários dignos.

É preciso entender que sem professoras e professores não há escola de qualidade. Porque máquinas não socializam o conhecimento. Máquinas não entendem os problemas dos alunos e máquinas não solucionam acontecimentos imprevistos, máquinas não amam.

Por uma vida digna vamos todas e todos os profissionais da educação para o Ato do dia 20 (sexta-feira), às 17h, na Praça da República, na capital paulista, onde o ocorrerá o Grito pela Educação Pública de Qualidade no Estado de São Paulo.


Texto em português do Brasil

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