Como todas as pátrias que se prezam, Angola é, também, uma pátria de poetas. E é no seu honrado solo que nasceram alguns dos mais prestigiados e representativos poetas da língua portuguesa que ainda vamos imortalizando.
ANGOLA – Palavra oriunda do termo Ngola que por sua vez deriva de Ngolo, da língua kimbundo falada pelo povo da etnia ambundo e que se traduz como sendo ‘’força, forte ou fortaleza’’ de acordo com Joaquim Dias Cordeiro da Mata, um dos mais renomados intelectuais angolanos de sempre, e conforme o seu Ensaio de Dicionário Kimbundo-Português publicado em 1893 em Lisboa. Não raras vezes o vocábulo Ngola tem o significado de ‘’rei; soberano’’. Agora, com uma população de cerca de trinta milhões de habitantes, Angola é desde 11 de Novembro de 1975 um país independente do colonialismo português, cuja duração foi de cerca de cinco difíceis séculos de exploração e aculturação.
Geograficamente localizada ao sul do continente berço da humanidade, o mar atlântico com as suas mais distintas tonalidades de cor, quotidiana, suave, doce e ininterruptamente beija-a, abençoando o seu território enquanto motivo de inspiração para inúmeros criativos, artistas da palavra e não só. Angola é, indubitavelmente, palavra circular e circulante nas avenidas, nas ruas, nas ruelas e até nos corredores das Correntes D’escritas desde a sua primeira edição na Póvoa de Varzim, sendo o único país africano falante da língua portuguesa representado ao mais alto nível autoral, ao longo das demais edições do festival, com destaque para os poetas Manuel Rui, um dos totalistas em presenças no evento e Rui Duarte de Carvalho, um ‘’grande’’ que nos observa, desde o mundo do além.
Como todas as pátrias que se prezam, Angola é, também, uma pátria de poetas. E é no seu honrado solo que nasceram alguns dos mais prestigiados e representativos poetas da língua portuguesa que ainda vamos imortalizando. António Jacinto, do pequeno grande rio ‘’Kiaposse’’ e sobrevivente do … Tarrafal de Santiago; Agostinho Neto, o Kilamba da Sagrada Esperança a quem coube a responsabilidade de anunciar ao mundo a proclamação da independência do país e; Viriato da Cruz, telúrico poeta da angolanidade, da consciencialização e da afirmação de valores ético-identitários do povo colonizado. São somente exemplos de nomes de autores de referência obrigatória no mundo das correntes literárias em razão da afirmação e cultura da língua portuguesa no mundo.
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