Poema inédito de Alice Coelho
Digo Adeus
Digo adeus ao sol que se esconde
Apaga-se a luz e desce a lua nua
Eco mudo e surdo e não responde
Despeço-me do dia numa entrega
Cegueira que emaranha no escuro
Sem ontem, no amanhã e no futuro
Digo adeus à lua que em ti encanta
À cama agitada em chão aquecida
À noite que adormece e se espanta
À paixão louca pelas bocas bebida
Digo adeus ao poema que pertenço
Aos beijos dormentes e adormecidos
E às manhãs frias em que convenço.
Sonhos ouvidos pelos olhos diluídos.
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