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João de Sousa

Segunda-feira, Novembro 4, 2024

Discriminação racial à porta da Lux Frágil e Urban Beach

Do SOS Racismo recebemos o seguinte comunicado que transcrevemos na integra.

Na mesma altura que se tem conhecimento da discriminação racial de que foi vítima Patrícia Mamona (e os amigos) à porta da Lux Frágil, começou ontem a fase de instrução do processo das agressões ocorridas no início de Novembro do ano passado na Discoteca Urban Beach a tal que tem como política “pretos é difícil entrarem. Ciganos não entram de todo” …”Uma das regras da casa é não entrarem pretos” (Observador, 6/9/2017).

Desde 2013, o SOS Racismo (e muitas centenas de outras pessoas) foi acumulando queixas perante o fechar de olhos de todas as instituições implicadas para por cobro e estes crime. Falamos da PSP, da ASAE, da CML e do Governo (CICDR). Nada foi feito. Por uma ou outra razão cada uma foi sacudindo a água dos seus capotes. Este artigo referido acima saiu em Setembro e, apesar das evidências, a impunidade continuou até ao “fatídico” video. Após isto todas e ao mesmo tempo fizeram o que já há muitos anos tinham de ter feito.

Dois meses antes o gerente da discoteca crente que nada lhes continuaria a acontecer dizia “Dá-nos mais nome. Falem bem ou mal, mas falem“.

Calculamos que, durante os dois meses que a discoteca esteve fechada, tenha andado eufórico, pois conversa sobre a discoteca foi coisa que não faltou…

Trazemos aqui este episódio para lembrar que também as denúncias ao Lux por parte do SOS foram apresentadas em 2017: mais de duas centenas! E apresentadas no estrangeiro, …

Ruben Murray está em K Urban Beach.

Também um ano depois, noutra discoteca, outra medalhada e da mesma disciplina (triplo salto) do Nelson Évora, é barrada à entrada. E também não apresentam queixa. Muitas coincidências, que não sabemos se se estendem às razões que fazem com que nada aconteça…

O resultado desta´primeira impunidade já conhecemos… Será que o resultado do julgamento vai continuar a alimentar a ideia que há uns e umas que podem fazer o que lhes apetece. Ou pelo contrário pode haver Justiça para as vítimas?

E será que se vai ver o mesmo filme e se espere alguma tragédia para que as autoridades actuem?

PSP, ASAE, o Governo, a deviam estar também a ser julgados pelo que não fizeram. Vão agora esperar para depois apoiarem hipocritamente a conta do hospital ou mesmo o funeral se as vítimas não tiverem a mesma “sorte”?

Pelo SOS Racismo

O Alto Comissário vai continuando a dizer que não há racismo? Não há racismo agora, nem antes…não há racismo em Stº Aleixo da Restauração? E muito menos houve com a Nicol ou em Alfragide ou na Escola Domingos Neto, em Portimão? Nem nos textos de Octávio Ribeiro, ou de André Ventura ou Susana Garcia, António Santos Ribeiro, etc., etc., etc. Algum dia se cansará do árduo trabalho de arquivar processos das inúmeras queixas que vai recebendo?

 

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