As palavras de Vieira da Silva são, a esse título, sintomáticas: é preciso estudar o número mas o número avançado por outras organizações é exagerado.
Portanto é preciso “estudar” um número que Vieira da Silva quer conhecer já conhecendo, talvez por não ser ainda um facto suficientemente alternativo.
Entre a criação de uma comissão para fazer um levantamento (que já existe e é actualizado por diversas outras instituições), a designação dos seus membros (com os critérios de apolitiquite que tanto “honram” o passado do partido), do respectivo procedimento e prazos (e adequadas zonas cinzentas para habilidade jurídica em caso de absoluta necessidade), o PS ganha tempo para não cumprir aquilo a que politicamente se comprometeu com os signatários do actual acordo de governo.
Efeito possível de sondagens favoráveis, o PS (e a organização sindical da qual se encontra próximo) parece começar a pensar que não precisa de três rodas para a continuação da viagem, convicto de que poderá passar ao monociclo sem problemas. É erro e uma cedência que poderão custar caro ao país e à recuperação da dignidade e do rendimento que se impõe em 2017.
Simultaneamente, é difícil conceber como mantém o cargo um “líder sindical” que se afirma pela “moderação” na actualização real do salário mínimo e na integração de pessoas cronicamente privadas dos direitos legítimos que devem assistir quem suporta as funções do Estado sem estar integrada nele. Talvez a UGT se tenha esquecido do significado de sindicalismo, ou tenha entretanto encontrado uma definição alternativa para o termo.