O Xylella fastidiosa surge pela primeira vez na União Europeia em 2013, na ilha de Maiorca e desde aí tem vindo a propagar-se para oeste. O jornal espanhol El Mundo referiu-se à bactéria como o “Ébola das oliveiras”.
O patógeno invasivo tem vindo a afectar milhares de hectares de plantações de oliveiras em Puglia, no sul da Itália e na região Sul da França.
Técnicos da Secretaria do Meio Ambiente, Agricultura e Pescas das Ilhas Baleares informaram que uma subespécie do patógeno, foi detectado em três cerejeiras em um centro de jardinagem, durante uma inspecção de rotina. Acrescentaram que estão a ser tomadas medidas com o objetivo de a erradicarem.
A bactéria Xylella fastidiosa invade os vasos que a planta utiliza para absorver água e nutrientes, provocando a abrasão e murchidão da folhagem, eventualmente seguida da morte da planta.
Patógeno com inúmeros hospedeiros
Os peritos advertem que a doença, que tem inúmeros hospedeiros e vectores, caso venha a propagar-se em larga escala, terá potencial para devastar a colheita da azeitona na União Europeia.
Globalmente, a UE é o maior produtor e consumidor de azeite de oliveira. De acordo com a Comissão Europeia, a Europa dos 28 produz 73 por cento e consome 66 por cento do azeite do mundo. Relatórios sugeriram que o surto de X. fastidiosa levou a um aumento de 20 por cento nos preços do azeite durante o ano de 2015.
Fonte: BBC News