“Duquesa de Alba” de Goya. Francisco Goya, foi um pintor e gravador espanhol.
Informação adicional
Artista: Francisco de Goya
Criação: 1797
Período: Romantismo
Género: Retrato
Foi o pintor da corte e também o pintor dos horrores da guerra. São lendárias e múltiplas as relações privilegiadas que o pintor e a fogosa aristocrata deram para a posteridade. Esta pintura é uma das grandes obras de Goya, em que a representação psicológica da duquesa se consolida com as vestes, aqui, apropriadas à sua participação popular em confronto com a tendência governativa favorável à influência francesa. Ela que tinha a mesma importância que a rainha, era uma “Grande” de Espanha.
O dourado é a cor que ilustra os braços e a parte de cima do vestido, de decote saliente, e ainda a peineta que lhe alinda a cabeleira negra. Calça uns originais sapatos em dourado e cinzento, de salto alto grosso. Este quadro sugere algum envolvimento entre o pintor e a sua musa, o seu indicador da mão direita aponta para baixo, na direcção do solo, onde se pode ler “solo Goya”. Os anéis que exibe, têm a inscrição dos seus nomes, o que permite uma leitura de grande afectuosidade recíproca. Como sempre, esta duquesa de Alba, está em pose, naturalmente ciente da importância que lhe foi concedida em vida, pela História.
O restante do quadro envolve coloridos terrosos, entre os castanhos e os verdes, sendo aqueles a imagem do terreno que pisa, e estes, a verdura arbórea em que está inserida a figura, sob um céu em dois tons de azuis.
Francisco Goya 1746-1828
Francisco José de Goya y Lucientes, mais conhecido apenas por Francisco Goya, foi um importante pintor espanhol da fase do Romantismo. Nasceu na cidade espanhola de Fuendetodos no dia 30 de Março de 1746. Faleceu em Bordéus (França) em 15 de Abril de 1828.
O artista iniciou seus estudos na cidade de Saragoça, onde teve os ensinamentos do pintor José Luzán, que lecionava na Academia de Desenho de Saragoça.
Em 1770 foi para Itália continuar os estudos, pelos seus próprios meios, regressando no ano seguinte a Saragoça, onde foi encarregado de pintar frescos para a Catedral local.
Em 1780 foi eleito membro da Real Academia de São Fernando de Madrid, sendo admitido com um quadro intitulado «Cristo na Cruz». Em 1785 tornou-se director-adjunto de pintura da Academia e no ano seguinte foi nomeado pintor do rei Carlos III.
Em 1792, Francisco de Goya contrai uma doença infecciosa, recupera-se, mas perde a audição.
Em 1808, a Espanha é invadida pelas tropas de Napoleão. O artista pinta “O Colosso” (1809), onde retrata o seu horror em relação à guerra. Em 1812 morre sua mulher. Cria a série de gravuras “Desastres da Guerra”, entre elas, “O Fuzilamento” (1810). Em 1819, Goya se refugia numa casa de campo, amargurado e frustrado em relação aos homens.
Em 1820, aos 74 anos, começa a pintar, no muro de sua quinta, imagens sombrias e demoníacas chamadas “Pinturas Negras”, entre as quais o “Saturno Devorando Seu Filho” (1820) que prenunciava seu estado de espírito. Acusado de liberalismo e ameaçado de ser preso, foge para a França em 1824. Vai a Bordeaux, depois para Paris.
Receba a nossa newsletter
Contorne o cinzentismo dominante subscrevendo a Newsletter do Jornal Tornado. Oferecemos-lhe ângulos de visão e análise que não encontrará disponíveis na imprensa mainstream.