Ao participar de um evento promovido pelo Estadão, o juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Moro, disse nesta quarta-feira (25) que sempre agiu “com transparência” e tentou justificar sua intervenção na decisão do desembargador Rogério Favreto durante as férias, considerada por juristas como ilegal.
Ao comentar a investigação aberta pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Moro minimizou sua conduta, dizendo que despachar durante as férias foi apenas uma atitude de quem quer trabalhar. Ao sair de férias, o magistrado não tem competência para atuar em qualquer processo. No entanto, por se tratar do processo do ex-presidente Lula, o juiz não só interveio, mas agiu para que a decisão de libertar o ex-presidente não fosse cumprida.
“A imprensa vive questionando os juízes que as férias são muito longas, e quando o juiz trabalha nas férias também criticam. Mas existem precedentes”, afirmou Moro, dizendo ainda que Favreto não tinha competência para decidir. “Há uma apuração no CNJ, apresentei minha resposta com todas as razões. Podem me acusar de muita coisa, mas sempre agi com transparência”, disse.
Denunciado como um juiz parcial por suas decisões sem provas contundentes e as frequentes aparições ao lado de tucanos, Moro aproveitou o evento para fazer a sua autodefesa por meio da imprensa. Afirmou que suas decisões não são seletivas e que considera a crítica “profundamente injusta”. As minhas decisões são transparentes. Posso ter me equivocado, nenhuma pessoa é perfeita. Mas sempre agi com a pretensão de fazer o que era certo”.
Texto em português do Brasil
Exclusivo Editorial PV / Tornado
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