“escutar o mundo à nossa volta, tornando-o mais sustentável através da arte, da reflexão e do debate” é a proposta para os 4 dias em que o Jardim da Tapada de Necessidades vai ser ocupado pela programação do Lisboa SOA, onde constam, segundo o comunicado de imprensa, performances e concertos, instalações e workshops, formando um passeio que será percorrido através do sentido auditivo.
Performance e Concertos
As performances são parte essencial do programa e pretendem partir do diálogo com o espaço onde se encontram. Na Estufa Circular, poderá assistir-se à apresentação ao vivo, em formato trio, do design sonoro minimalista e multi-sensorial da aclamada artista Camille Norment, ouvir os sons terrenos mas etéreos do veterano japonês Akio Suzuki ou as deambulações electrónicas do português Rafael Toral.
Instalações
Marco Barotti apresenta, pela primeira vez em Portugal, “Swans”, peça feita de antenas parabólicas que flutuam num lago transformando-se num pequeno bando de cisnes em movimento e em linha com a música, o vento e a água. Em conjunto com os altifalantes instalados, a ideia é provocar no espectador uma sensação de tempo familiar, ainda que peculiar, questionando o poder dos media mainstream.
O português João Bento propõe uma viagem sonora ao interior do Jardim dos Cactos explorando as suas características sonoras como se os habitássemos e escutássemos. Ainda também possibilidade de ver e experienciar “Becoming” da dupla @C; “Insono, O Ouvido Secreto das Plantas” da Sonoscopia ou “Inhabited Soundscapes” de Rudolfo Quintas.
Percurso
Maile Colbert e Rui Costa propõem o passeio sonoro “Park Past” para famílias dos 0 aos 80 com a premissa de discutir a importância do som e da escuta e de expressar os sons que ouvimos de forma criativa.
Workshops
“Uma Orelha no Jardim” é o workshop construído por Carlos Santos que através de um conjunto de exercícios que envolvem a escuta, a gravação e a componente plástica pretendem levar à descoberta de como descobrimos os lugares através do som.
Jardim da Tapada das Necessidades
Em 1742 D. João V mandou construir uma ermida maior, um convento e um palácio para sua residência, por aquisição de terras agrícolas circundantes. Em 1843, D. Fernando mandou redesenhar o jardim, transformando a zona de hortas em jardim inglês, tarefa executada pelo jardineiro Bonard. Entre 1855 e 1861, D. Pedro V fez construir a estufa circular e por ordem do rei D. Carlos foram construídos um campo de ténis e o Pavilhão, conhecido por Casa do Regalo, que servia de atelier de pintura da rainha D. Amélia. Aqui encontramos: três lagos, o da Palmeira, o das Estrelícias e do Duque de Lafões, rodeados por vegetação exótica; uma cascata; um chafariz e tanque; vários elementos de estatuária dos quais se destaca a “estatuária das Virtudes.
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Programa
Lisboa SOA
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Câmara Municipal de Lisboa > Tapada das Necessidades
Este evento tem lugar no âmbito das festas da cidade, produzidas pela EGEAC
Fontes:
- Câmara Municipal de Lisboa > Tapada das Necessidades
- Lisboa SOA