Na madrugada de sábado (28), o acampamento Marisa Letícia, localizado na Rua Padre João Wislinski, 260, no bairro Santa Cândida, onde dormem integrantes da vigília Lula Livre, foi atacado a tiros por volta das quatro horas da manhã.
Duas pessoas foram feridas, uma delas está hospitalizada. Jeferson Lima de Menezes, de São Paulo, foi prontamente encaminhado ao hospital com um tiro no pescoço. Menezes está passando por cirurgia, em seu estado é grave.
A autoria do ataque a tiros ainda não foi identificada até o momento. A polícia está neste momento fazendo os registros necessários.
A presidenta do PT, senadora Gleisi Hoffmann, afirma em vídeo que mais de 20 tiros foram disparados contra o acampamento e que o militante atingido corre risco de morte. Ela lista vários episódios de violência ocorridos nos últimos decorrentes de campanha de ódio aos movimentos sociais, lembrando assassinado de Marielle Franco, tiros contra caravanade Lula no Sul e as agressões aos manifestantes pela polícia no dia da chegada de Lula a Curitiba. Todas situações impunes.
A Força Sindical também repudiou o atentado chamando-o de “violência, covardia, e intolerância” e pede “imediata apuração e punição dos responsáveis”.
A CUT afirmou que “A tentativa de calar a bala os trabalhadores e trabalhadoras acontece também depois que novas pesquisas eleitorais confirmaram que Lula lidera as intenções de voto em todo o país, em todos os cenários pesquisados, e pode ganhar já no primeiro turno as eleições presidenciais deste ano”.
Já o PSTU afirmou que “não apóia o ex-presidente Lula”, mas repudia o ataque porque “defende enfaticamente o direito de expressão e manifestação”.
A CNTM disse em nota “Esperamos que o atentado seja investigado, que os culpados sejam punidos e que os responsáveis pela segurança pública cumpram com a obrigação de preservar a vida e o direito das pessoas se manifestarem de forma pacífica e segura e livremente”.
A CSB também afirmou em nota que “A onda de ódio e intolerância implantada no País desperta e alimenta cada vez mais o espírito facista de setores da sociedade que, em seu nome, praticam crimes covardes e inaceitáveis contra brasileiros que defendem democraticamente suas posições”.
A CTB repudiou também o atentado e em nota disse que “A covardia testemunhada em Curitiba não é um fator isolado, e ferem de morte nossa liberdade e a Constituição Federal. Atos como esse refletem o autoritarismo que cresce nos diferentes lugares do país e nos alerta sobre quais caminhos nossa luta deve seguir”.
A UGT se pronunciou e afirmou em nota dizendo que “Nós, da UGT, e os mais de 12 milhões de trabalhadores que representamos, exigimos a imediada apuração dos fatos, identificação e punição dos responsáveis. Na Democracia, o direito de pensar diferente, de manifestação e de expressão, devem ser respeitado incondicionalmente”.
Confira as notas na íntegra:
Nota da Força Sindical
A Força Sindical repudia veementemente o atentado ocorrido no acampamento Marisa Letícia, no bairro Santa Cândida, em Curitiba e exige imediata apuração e punição dos responsáveis. A violência e a covardia contra atos e manifestações democráticas ferem a Constituição e reforçam práticas autoritárias, antissociais e que, neste momento eleitoral, tumultuam o ambiente político e desestabilizam o país.
O direito à manifestação, o direito de pensar diferente, o debate público, a busca do entendimento, temos certeza, são fatores que ajudam a construir uma nação desenvolvida. Por isto, nos somamos a todos os brasileiros e brasileiras que dizem não a soluções à bala, ataques na escuridão e tocaias.
Reafirmamos: uma nação se constrói com democracia, debate de ideias, tolerância, busca do entendimento e respeito à Constituição. É fundamental neste momento fortalecer o estado de direito e a democracia.
São Paulo, 28 de abril de 2018
Paulo Pereira da Silva, Presidente da Força Sindical e Deputado Federal-SD/SP
João Carlos Gonçalves, Juruna, Secretário-geral da Força Sindical
Nota da Central Única dos Trabalhadores (CUT)
A escalada de violência, intolerância e ódio contra todos que são solidários ao ex-presidente Lula chegou ao auge de barbaridade na madrugada deste sábado (28), quando provocadores fascistas deram vários tiros contra trabalhadores e trabalhadoras de todo o Brasil que estão no acampamento Marisa Letícia, em Curitiba.
O acampamento, instalado nas proximidades da sede da Superintendência da Polícia Federal da capital paranaense, desde o dia 7 de abril, em solidariedade a Lula, denuncia o fato de que o ex-presidente é um preso-político, um inocente colocado em uma solitária, em mais uma tentativa golpista de impedir que Lula seja eleito presidente do Brasil.
Os disparos atingiram dois militantes. Uma companheira foi ferida por estilhaços e um companheiro ficou gravemente ferido, com um tiro no pescoço e está internado na UTI de um hospital local.
O ataque e a violência armada acontecem às vésperas do 1º de Maio Unificado, com todas as centrais sindicais e movimentos populares unidos na defesa e pela liberdade de Lula e dos direitos sociais e trabalhistas, que acontecerá em Curitiba. Será o maior primeiro de Maio da história do Paraná. E será em apoio à LULA LIVRE!
A tentativa de calar a bala os trabalhadores e trabalhadoras acontece também depois que novas pesquisas eleitorais confirmaram que Lula lidera as intenções de voto em todo o país, em todos os cenários pesquisados, e pode ganhar já no primeiro turno as eleições presidenciais deste ano.
A partir do golpe de Estado, a violência e os assassinatos de trabalhadores e trabalhadoras têm aumentado em todo Brasil, sem que o governo golpista determine sequer a apuração dos fatos, com a cumplicidade das polícias estaduais e federal. Se as polícias não conseguem prender sequer os assassinos da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, imagine a violência em outras regiões do Brasil onde não tem o contingente policial enviado ao Rio?
A CUT tem tido grande participação na organização e manutenção do acampamento, portanto, tem toda autoridade para denunciar, ao Brasil e ao mundo, este aumento da violência contra a candidatura de Lula e contra as conquistas da classe trabalhadora.
Nenhum direito a menos!
Conclamamos o povo do Paraná, os democratas e os comprometidos com a Liberdade e os Direitos Democráticos a defender a libertação de Lula, defender o direito de Lula ser candidato e o direito de o povo participar em paz e em segurança tanto no acampamento como do 1º. de Maio Unificado. A palavra final sempre deve ser do Povo Brasileiro.
Lula Livre!
Chega de provocações, chega de violência armada , chega de manipulação jurídica.
Todo apoio a Lula e aos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil!
São Paulo, 28 de abril de 2018
Wagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT)
Nota do PSTU
O PSTU vem a público repudiar veementemente o ataque a tiros sofrido por apoiadores do ex-presidente Lula acampados em Curitiba. Conforme informações divulgadas até agora, foram disparados vários tiros na madrugada de hoje contra o acampamento “Lula Livre” montado naquela cidade em solidariedade ao ex-presidente, ferindo pelo menos duas pessoas.
O PSTU não apóia o ex-presidente Lula nem está de acordo com a campanha neste sentido que vem sendo desenvolvida pelo PT, mas defende enfaticamente o direito de expressão e manifestação dos que querem fazê-lo. Repudiamos o ataque covarde que foi dirigido contra a acampamento e reafirmamos nossa opinião de que a violência como substituição à luta de ideias é inaceitável.
Nos solidarizamos com os companheiros frente ao ataque que sofreram e nos somamos à exigência de que as autoridades investiguem e punam os responsáveis pelo ocorrido.
Zé Maria – presidente nacional do PSTU
Nota da CNTM
“Repudiamos veemente o ataque a tiros que feriu manifestantes no acampamento em Curitiba de vigília pela libertação do ex-presidente Lula, na madrugada deste sábado, 28 de abril de 2018.
Esperamos que o atentado seja investigado, que os culpados sejam punidos e que os responsáveis pela segurança pública cumpram com a obrigação de preservar a vida e o direito das pessoas se manifestarem de forma pacífica e segura e livremente.
Vale lembrar que o acampamento é frequentado não somente por militantes partidários, mas por dirigentes sindicais de todas as vertentes ideológicas, inclusive por companheiros e companheiras de nossa base metalúrgica da CNTM, trabalhadores, homens e mulheres, jovens, idosos, crianças, religiosos, artistas e líderes internacionais.
A violência cometida por estes criminosos covardes, porém, não irá afetar a nossa disposição de participar do 1º de Maio Unificado das Centrais Sindicais, Dia do Trabalho e do Trabalhador, em Curitiba.
Muito menos iremos desistir de nossa luta por uma verdadeira justiça no País, pela liberdade de expressão, pela Democracia e pela retomada do desenvolvimento econômico do País, com geração de empregos de qualidade para todos, distribuição de renda e uma vida melhor para todos os brasileiros e brasileiras!
A luta continua! A luta faz a lei!”
Miguel Torres, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, vice-presidente da Força Sindical e líder do movimento Brasil Metalúrgicos
Nota da CSB
Nota de repúdio ao ataque terrorista em Curitiba
A Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) repudia e condena com veemência o ataque terrorista praticado contra militantes que se encontam acampados em Curitiba em protesto contra a prisão do ex-presidente Lula.
A onda de ódio e intolerância implantada no País desperta e alimenta cada vez mais o espírito facista de setores da sociedade que, em seu nome, praticam crimes covardes e inaceitáveis contra brasileiros que defendem democraticamente suas posições.
O atentado terrorista em Curitiba é um golpe contra a democracia, contra a Humanidade, contra os princípios elementares da sociedade e deve ser punido exemplarmente, a fim de proteger nosso povo de tais criminosos.
Esse tipo de atentado não pode passar despercebido, precisa ser condenado por todos os brasileiros que defendem a democracia e rechaçam os lunáticos e nazistas que usam o ódio para alimentar suas intenções de estabelecer uma sociedade apartada, irracional e intolerante, afrontando a tradição brasileira de paz, fraternidade e cordialidade pela qual somos conhecidos mundialmente.
Toda solidariedade às vítimas do atentado, nosso repúdio aos covardes terroristas e nossa súplica para que o Brasil recupere a convivência pacífica entre os irmãos, respeitando os posicionamentos contrários.
Antonio Neto, Presidente da Central de Sindicatos Brasileiros (CSB)
Nota da CTB
CTB repudia violência em Curitiba contra manifestantes
A CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) repudia o atentado ocorrido na madrugada deste sábado (28) contra os manifestantes acampados em Curitiba pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Repudiamos também avanço brutal da violência que está no bojo da onda fascista que toma conta do país.
A covardia testemunhada em Curitiba não é um fator isolado, e ferem de morte nossa liberdade e a Constituição Federal. Atos como esse refletem o autoritarismo que cresce nos diferentes lugares do país e nos alerta sobre quais caminhos nossa luta deve seguir.
A CTB reitera sua defesa ao direito constitucional à livre manifestação, liberdade de opinião e pensamento. A luta em defesa da democracia e da liberdade é parte fundamental do estado democrático de direito.
Sábado, 28 de abril de 2018
Adilson Araújo, Presidente da CTB
Nota da UGT
Nota contra o atentado a manifestantes em Curitiba
A União Geral dos Trabalhadores (UGT), repudia o atentado a tiros ocorrido nessa madrugada contra o acampamento Marisa Letícia, em Curitiba, cujo resultado são duas pessoas ferida, que se encontram em estado grave.O atentado é uma covardia e fere a Constituição e o direito de se manifestar caracterizando uma tentativa de homicídio.
Nós, da UGT, e os mais de 12 milhões de trabalhadores que representamos, exigimos a imediada apuração dos fatos, identificação e punição dos responsáveis. Na Democracia, o direito de pensar diferente, de manifestação e de expressão, devem ser respeitado incondicionalmente. Não aceitamos e não admitimos respostas aos opostos a bala.
Por isso a UGT exige JUSTIÇA.
São Paulo, 28 de abril de 2018
Ricardo Patah, Presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT)
Texto original em português do Brasil
Exclusivo Editorial Rádio Peão Brasil / Tornado
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