Entre eles está o jornal de maior tiragem na Turquia, o “Zaman”, cujos antigos jornalistas foram presos; o decreto publicado ontem fará parte de “limpeza” planeada pelo Governo e posta em prática depois da “fracassada tentativa de golpe”.
A lista completa dos OCS fechados foi divulgada pela CNN Türk. Entre eles está também a emissora pró-curda IMC TV.
Segundo o jornal local Hürriyet Daily News, a detenção dos 47 profissionais do Zaman fez parte de uma investigação sobre Fethullah Gülen, durante anos aliado do actual governo da Turquia, e que se transformou no principal inimigo do presidente Erdogan, ao ponto de ser classificado como “terrorista” e responsabilizado pelo “golpe de Estado fracassado” do passado dia 15 de Julho. Gülen já negou a acusação.
Unidades da polícia antiterrorista realizaram uma operação de busca e detenção de ex-directores e jornalistas do “Zaman”, que mantinha uma linha crítica ao presidente do país, Recep Tayyip Erdogan.
Com a acção de ontem, ascende a 89 o número de profissionais da comunicação social detidos por suposto vínculo ao movimento social-religioso Hizmet, cujo líder é Fethullah Gülen.
As autoridades turcas anunciaram a dispensa de mais 2.400 funcionários militares, dos quais 726 oficiais e 1.684 soldados. Até ao momento, terão sido demitidas mais de 50 mil pessoas e pelo menos seis mil foram presas.
Segundo o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, o estado de emergência durará três meses e foi convocado “para facilitar a prisão daqueles que tomaram parte no golpe”.
Fonte: Agência Efe, CNN Türk, Reuters