São múltiplas as figuras aqui homenageadas, desde logo, na centralidade do fresco pode-se identificar Platão (como Leonardo da Vinci) segurando o “Timeu” (a intangibilidade) e Aristóteles segurando a “Ética” (e o mundo terreno).
Logo por baixo está Diógenes, calvo, vestido de azul, estirado nos degraus. Pitágoras encontra-se do lado esquerdo, igualmente sem cabelo, rodeado por estudantes e vestido em tons cinza e rosa.
Averrois é o elemento de turbante que está nas suas costas. Heraclito (como Miguel Ângelo) encontra-se mais ao centro escrevendo numa pedra e com o braço apoiado na cara.
No lado oposto está Euclídes (como Bramante), com alguma calvice, e em que explica as leis da Geometria. O próprio Rafael está auto-retratado neste grupo à direita; é o segundo de boné preto e que olha para o espectador.
Estamos perante um estilo arquitectónico romano, do período clássico, com proposta de importantes debates filosóficos, mas em que também a Geometria, a Aritmética e a Astronomia ocupavam uma poderosa reflexão dos maiores sábios da Humanidade.
Nota da Edição
Rafael (1483—1520)
Pintor italiano; uma das grandes expressões do Renascimento. Mestre da pintura e arquitectura da Escola de Florença. É considerado um dos maiores pintores do renascimento juntamente com Leonardo da Vinci e Michelangelo.
Filho de Giovanni Santi, pintor da corte do duque de Urbino, cresceu no meio das artes, e com quinze anos pintou um auto-retrato, a sua primeira obra.
Iniciou os seus estudos com o mestre da Úmbria, Pietro Perugino.
Entre 1504 e 1508, Rafael viveu em Florença, onde recebeu a influência de Michelangelo e de Leonardo da Vinci.
Em 1508, foi convidado pelo papa Júlio II para ir a Roma, para decorar com frescos vários recintos do Vaticano. No primeiro deles, a Stanza della Segnatura, Rafael pintou uma de suas maiores obras, “A Escola de Atenas” (1509-1511).
O seu corpo está sepultado no Panteão de Roma.