Diário
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João de Sousa

Quinta-feira, Julho 18, 2024

Esperança moribunda

Com uma folha de papel em branco, hoje queria escrever algo alegre sem lamurias, algo ou a alegria fosse pautada e acentuada. Tinha até umas novidades boas para compartilhar, mas infelizmente eram só especulações… Era surrealismo…

Juro que não é mentira que alguém que me tem dado peixe, preparou um anzol para mim e decidiu apresentar-me o seu mar e assim ensinar-me a pescar… Tudo ficou por ai porque por ordens superiores o “seu” mar foi drenado e os peixes… Hoje só cheira a peixe podre…

A quinda da peixeira ficou deserta e o sorriso do pescador foi exonerado, e o pacato cidadão que espera regatear a sobrevivência em prestações, vê na delinquência uma saída (in) justificada que alimenta a violência nos lares (in) felizes… A fome gera violência, pais de famílias atirados ao desemprego, e mães que são pais com quindas desarmadas.

As necessidades gritam num coro ensurdecedor que desperta a nostalgia… Éramos felizes e não sabíamos…

Avultadas pilhas de documentos, acumulam emolumentos, contabilizados na esperança do suor remunerado.

O desemprego cresce, alimentando-se da dignidade de quem acreditou… A esperança é a ultima a morrer, mas os antigos combatentes estão a extinguir-se sem comer dos frutos colhidos nesta terra que ajudaram a conquistar, cabeças repletas de vontade de fazer revolução, são convertidas em religiões que prometem a solução, na promessa da prosperidade timbrada no salmo que embala o desespero e anestesia o desespero.

Uns reclamando da vida, outros se reciclando pela vida, come sujo guarda a vida, cooperação assinada com vermes e parasitas, baixa o homem na escala dos seres viventes.

Ainda somos seres pensantes???

– O homem não pode pensar muito traz hipertensão… O homem deve raciocinar… Como? Se a massa cinzenta está verde com excesso de hortaliças que substituíram o pedaço de bife no prato deste carnívoro alfa?

Mas apesar de tudo hoje está um dia lindo e não vou reclamar de nada.


A autora escreve em PT Angola


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