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Domingo, Dezembro 22, 2024

Estados Unidos um império pontilhado, global e invisível

José Carlos Ruy, em São Paulo
José Carlos Ruy, em São Paulo
Jornalista e escritor.

Os Estados Unidos não são apenas a forma que se pode ver no mapa – é um império em expansão cujo alcance atinge não apenas territórios e colônias formais, mas todos os cantos do mundo.

Entrevista com Daniel Immerwahr, por Tanner Howard[1]

O desenho dos Estados Unidos é uma forma familiar. É uma imagem conhecida em todo o mundo, para o bem e para o mal; a expansão para o oeste definiu formalmente o continente americano com a incorporação do Arizona e do Novo México em 1912.

Mas como o historiador Daniel Immerwahr argumenta em seu livro “Como ocultar um império”, esse mapa familiar mais esconde que revela. Naturalmente, esse mapa omite seus dois estados mais recentes, Alasca e Havaí, localizados a centenas de quilômetros do continente. Mas também exclui colônias duradouras, como Porto Rico e Guam, e as inúmeras bases militares, territórios não incorporados e terras anteriormente ocupadas que os EUA outrora reivindicaram.

Ao não pensar nesses espaços quando se pensa nos Estados Unidos como um país, argumenta Immerwahr, não se pode compreender muitos momentos importantes de sua história.

O livro de Immerwahr é um catálogo estranho e revelador das muitas peculiaridades dos Estados Unidos. Ao revelar o império “pontilhado” que permite aos EUA exercer influência em todos os cantos do globo, Immerwahr revela um legado imperial que sobreviveu à onda global de anticolonialismo no final da Segunda Guerra Mundial. Menos dependente do controle espacial imediato, o império americano do pós-guerra passou a dominar o mundo graças ao comando do mercado, dominação que é central para a economia e a política em todo o mundo.

Tanner Howard: No rascunho original para seu discurso após o ataque japonês a Pearl Harbor, Franklin Delano Roosevelt (FDR) mencionou as Filipinas e o ataque que sofreu quase simultaneamente ao que atingiu o Havaí. No entanto, quando falou ao povo americano naquela noite, as Filipinas foram deixadas de lado no discurso do presidente. Você usa essa omissão para enquadrar a forma como se imagina os EUA, divorciados de suas enormes possessões territoriais. O que tornou essa omissão tão significativa?

Daniel Immerwahr: Filipinas era a maior colônia dos Estados Unidos em 1940 ou que, na verdade, já tiveram, e foi atacada na mesma ação contra Pearl Harbor, com poucas horas de diferença. É um conjunto realmente interessante de questões que Roosevelt teve que enfrentar para tentar convencer o público continental que isso era algo que devia levar à guerra. Achei fascinantes os rascunhos de FDR sobre isso, e a tentativa de resolver esse problema ao escrever aquele discurso.

O primeiro esboço descreve o evento como um ataque ao Havaí e às Filipinas, mas omite Guam. Então se pode apenas ver FDR quase repensando isso e imaginando se funcionaria. Não se sabe o que estava pensando na época, mas suspeito fortemente que estava ciente de quantos no continente não se sentiam entusiasmados com a defesa dos territórios do extremo oeste dos Estados Unidos. Pesquisas de opinião da época indicam que, mesmo quando se fala sobre o Havaí, uma pequena maioria apoiou as Forças Armadas dos EUA em sua defesa; esses números são menores em relação às Filipinas e Guam.

Então se pode imaginar FDR riscando as Filipinas como um alvo proeminente, e tentando transformar o discurso em uma fala sobre o Havaí, e suspeito que pensasse que funcionaria um pouco melhor para seus propósitos narrativos – é mais branco, mais próximo dos EUA continental, e pode citado como “América”. Na verdade, ele inseriu a palavra “americano” no discurso – foi uma das últimas mudanças que fez, de modo que, em vez de apenas descrevê-lo como um ataque à ilha de Oahu, descreveu como um ataque à ilha americana de Oahu.

Em última análise, isso serviu ao seu propósito pois permitiu que fizesse a declaração de que o império do Japão atacou os Estados Unidos da América. Essa é a coisa que ele queria que seu público entendesse.

Há tantas maneiras pelas quais os territórios ultramarinos dos EUA estão escondidos da vista, e esta é uma chance para ver de uma maneira extremamente direta e consequente. Havia, durante a guerra, entre o público no continente e até certo ponto entre líderes em Washington a sensação de que as Filipinas eram estrangeiras para os EUA. Isso teve consequências devastadoras e letais para as Filipinas.

A Segunda Guerra Mundial foi o evento mais sangrento de todos os tempos nos EUA, e muito disso tem a ver com sua estratégia em relação às Filipinas. Primeiro permitindo que se tornassem uma zona de sacrifício ante o Japão, o que permitiu que os Estados Unidos colocassem suas forças e se concentrassem no teatro europeu. E segundo, quando os EUA “libertaram” as Filipinas, o fizeram com bombardeios razoavelmente gerais, que acabaram matando tanto filipinos, que eram nacionais dos EUA, quanto japoneses. Essa estratégia salvou a vida dos soldados do continente, mas foi profundamente destruidora para a maior colônia dos Estados Unidos. Em um mês, as forças americanas e japonesas dizimaram Manila, que era a sexta maior cidade dos territórios dominados pelos EUA.

No final da Segunda Guerra Mundial, você descreve uma imagem impressionante: mais da metade da população que vivia sob jurisdição dos EUA de alguma forma estava fora dos quarenta e oito estados que haviam. Mas a supervisão militar direta dos EUA de territórios estrangeiros diminuiu rapidamente: em 1945, 51% da população dos “Grandes Estados Unidos”, incluindo territórios ocupados, viviam fora do continente, enquanto em 1960, com o Havaí e o Alasca agora incorporados como estados, eram apenas 2%. Como e por que os EUA perderam sua marca física tão rapidamente nesse período?

Não vejo isso como um súbito início de altruísmo dos Estados Unidos. Não vejo isso como falta de interesse em exercer influência no mundo. Em vez disso, tem a ver com as escolhas de Washington sobre como exercer essa influência, que tipo de pegada territorial os Estados Unidos exigirão para ter a hegemonia global.

Duas coisas aconteceram na década de 1940 e depois – a ajuda definiu a forma do poder. Uma delas é uma séria revolta mundial contra o imperialismo pelos povos colonizados, tanto dentro quanto fora dos EUA, elevando o custo do colonialismo. Ao mesmo tempo, os Estados Unidos dominaram novas tecnologias que permitiram projetar seu poder sem manter grandes colônias povoadas, tecnologias que diminuíram a demanda pelo colonialismo.

Isso não significa que os Estados Unidos não precisassem mais de terras: não precisavam de grandes extensões, podendo se contentar com pequenos trechos. Surgiu assim um império “pontilhado”: ao olhar para todo o território ultramarino dos EUA hoje e misturar toda sua extensão, a área seria menor do que Connecticut. Essas são as colônias e bases militares que conhecemos.

São centenas de pontos extremamente importantes que os Estados Unidos controlam ao redor da Terra, e seria um erro reduzi-los a zero e não entender realmente como são cruciais para o exercício do poder dos EUA hoje.

Um personagem surpreendente em seu livro é o presidente Herbert Hoover, dos EUA. E, como você o descreve, foi fundamental para a maneira pela qual a América se transformou em um império no pós-guerra. Como Hoover exerceu uma influência desmedida na criação de nosso mundo contemporâneo?

No início do século XX, se podia imaginar duas visões alternativas de poder. Uma é a de Teddy Roosevelt, segundo a qual a maneira de expressar o poder é reivindicar terra, subjugar as pessoas que vivem nela e preenchê-la com colonos brancos. Herbert Hoover tem outra visão para o poder dos EUA, que não é o poder exercido através do império territorial, mas através de mercados que operam suavemente.

Gastou uma quantidade enorme de tempo pensando em como tornar esses mercados mais fáceis, e estava particularmente interessado em reformular objetos para que a economia mundial pudesse operar com mais facilidade. Por exemplo, promoveu uma série de padronizações que se tornaram as sementes das padronizações globais, entre elas a famosa e impressionante padronização de roscas de parafusos.

No século XIX, os EUA era um país industrializado e usava parafusos como fixadores universais. Mas diferentes fabricantes faziam parafusos diferentes que tinham diferentes ângulos, diferentes diâmetros. Isso é extraordinariamente difícil quando se tenta trabalhar num contexto econômico: digamos que uma máquina quebre e precise de um parafuso, será preciso voltar para o fabricante, e se esse fabricante está fora do negócio, está tudo ferrado.

Herbert Hoover padronizou isso nos Estados Unidos a um custo econômico alto para os fabricantes. Mas essa rosca tornou-se a base para a rosca global. Assim, de certa forma, Herbert Hoover foi um profeta mais presciente da forma do império americano do que Teddy Roosevelt.

Os Pais Fundadores da nação originalmente viam a expansão para o oeste com suspeita. Mas, em poucas décadas no século XIX, o país se expandiu para o oeste, bem além do ritmo e distância do que o esperado. O que mudou durante esse tempo?

Jefferson e Washington ficaram muito felizes em ver seu país crescer, mas não esperavam que isso acontecesse rapidamente. O que não entenderam completamente, mas Benjamin Franklin sim, foi a forma explosiva do crescimento da população de colonos. O início dos EUA foi demograficamente sem precedentes. Não havia um país na história moderna crescendo nesse ritmo sustentado, e isso os líderes políticos demoraram a entender.

O enorme crescimento populacional resultou em parte da imigração, mas em grande parte apenas do parto; empurrou as fronteiras do país para o oeste mais rapidamente do que Jefferson pudesse esperar. Em 1803, quando Jefferson contemplava a compra da Louisiana, imaginou que a terra adquirida seria usada principalmente para os nativos americanos, e que a parte daquela terra necessária para assentamento branco seria apenas um pequeno trecho em Nova Orleans. Não achava que haveria muita pressão populacional – imaginava que os brancos se acomodariam de maneira compacta.

Eles absolutamente não o fizeram, e a transição daquela visão de expansão para a que dominou no período jacksoniano (década de 1830 – Nota da Redação) foi decisiva. Naquele período, estava claro que os Estados Unidos estariam comprometidos com alguma forma de ocupação colonial, envolvendo o deslocamento frequente dos indígenas. O que é extraordinário nos EUA em meados do século XIX é quantas remoções de índios ocorrem. Quantos grupos recebem residência “permanente” a oeste do Mississipi, e depois de meia geração foram obrigados a partir novamente?

Quais são as maiores consequências da maioria dos americanos não compreenderem a extensão total do império global dos EUA?

Muitas vezes, o debate sobre se os Estados Unidos são um império é sobre seu caráter, seja uma força de libertação ou dominação no mundo. Muitas vezes, simplesmente se é bom ou ruim. Em meu livro, não procurei difamar ou venerar o país, mas descrevê-lo, especialmente seus territórios e colônias ou apenas posições no mundo.

Minha maior intervenção não pretende mudar o senso de quem são os Estados Unidos em termos de caráter, mas mudar a percepção das pessoas de onde está geograficamente. Para muitas pessoas, isso pode ser uma grande mudança, porque, normalmente, quando os historiadores pensam nos EUA tendem a considerar apenas o continente e assim tratam sua história em grande medida. Mas essas não são as fronteiras legais do país e, quando se faz isso, se chega a uma história truncada, deixando de fora muitas coisas mais difíceis de explicar quando só se vê parte do país.

Mas, considerando a coisa completa, ela se torna transparentemente.

Que exemplos ilustram essa falta de compreensão?

Um exemplo é o nacionalismo porto-riquenho. Nas décadas intermediárias do século XX, foi uma força importante – não apenas nas ilhas, mas no continente. Isso levou a sete revoltas em Porto Rico culminando em uma tentativa de assassinar o presidente Truman. O nacionalismo porto-riquenho levou a um tiroteio envolvendo cinco parlamentares na Câmara dos Deputados dos EUA. O fato de que isso muitas vezes seja surpresa para as pessoas, mesmo com PhD em história dos EUA, parece-me um exemplo da forma como essa história fica truncada.

Outro exemplo importante é o 11 de setembro. A Comissão do 11 de setembro disse em seu relatório: “Foi uma surpresa que alguém tão distante – isto é, um saudita no Afeganistão – tivesse opiniões tão fortes sobre os Estados Unidos.”

Mas é claro que, da perspectiva de Osama bin Laden, os Estados Unidos não estavam longe. Seu foco principal era uma base militar dos EUA, uma base que seu pai havia ajudado a construir, uma base que ele afirmava ter bombardeado, uma base que lhe parecia ser a implantação de infiéis estrangeiros nas terras de Meca e Medina, na Arábia Saudita. Sempre que Osama bin Laden explicava por que fazia guerra aos EUA dizia que criaram a base militar na Arábia Saudita. Mas quando se pensa apenas nos EUA apenas como o território continental, e não como uma nação que tenha postos avançados, colônias e pontos por todo o planeta, é fácil não entender isso. É fácil pensar em Osama bin Laden reagindo apenas ao caráter moral do país: “Eles nos odeiam porque somos livres”, disse Bush.

Mas não é apenas o 11 de setembro – há muitos eventos na história global que giram em torno das bases. No meu livro, falo sobre os Beatles surgindo como uma “banda base”, trabalhando à sombra da maior base militar dos EUA na Europa, que ficava bem em frente ao Liverpool. Falo sobre o crescimento da Sony, que teve seu início no Japão ocupado do pós-guerra, copiando tecnologias dos EUA e se orientando para o mercado dominante dos EUA. Falo sobre o filme “Godzilla”, que em sua versão japonesa original, “Gojira”, era uma espécie de filme de protesto contra os Estados Unidos usando ilhas do Pacífico para testar armas atómicas.

Meu ponto não era dizer que as bases são uniformemente detestadas onde quer que estejam. O colonialismo é sempre complexo. Sempre envolve alguma participação e alguma quantidade de protesto. Eu queria contar a história das bases como zonas de contato ricas, lugares que realmente alimentam o ressentimento, mas também estimulam a curiosidade e todos os tipos de relações complexas da maneira que os EUA plantaram em todo o mundo.

Um dos marcadores mais distintivos da persistência do império americano são as Ilhas Marianas do Norte, tomadas aos japoneses após a Segunda Guerra Mundial mas não oficialmente incorporadas ao território dos EUA. Até 2005, as ilhas abrigavam fábricas que exportavam mais de US$ 1 bilhão em roupas para grandes empresas dos EUA, graças ao seu status legal único. O que essas ilhas representam hoje na constelação mais ampla do império dos EUA?

Uma qualidade dos vários pontos do império dos Estados Unidos é sua localização. Estão em locais estrategicamente significativos. Outra é que geralmente estão em locais legalmente estratégicos e, portanto, Saipan é território dos EUA, mas por ser parte de um território não incorporado, não se enquadra automaticamente na lei federal dos EUA e tem funcionado na história do trabalho como uma espécie brecha legal.

Fiquei muito interessado no modo como não só os principais varejistas do vestuário, como a J. Crew, usavam Saipan, que de outra forma não seria um local particularmente conveniente para fazer roupas. Mas também me interessei pelo modo como Jack Abramoff, o notório lobista, se apegou a Saipan, como fez em outros contextos coloniais, como brechas legais a serem exploradas.

Abramoff foi, por algum tempo, o principal lobista de Washington, mas, surpreendentemente, não representou empresas que constam da Fortune 500 – mas a Comunidade das Ilhas Marianas do Norte, Guam, Porto Rico, vários grupos indígenas americanos. Há uma razão: ele entendeu que o império é uma fonte de anomalias legais. Ele operava exatamente na mesma lógica usada em Guantánamo, como um lugar onde os EUA poderiam interrogar os presos sob sua jurisdição, mas livres das restrições de sua lei federal.

Hoje, embora o império dos EUA não mostre sinais de diminuir, ele parece, de outras formas, incerto. Por exemplo, os apelos de Trump para deixar o Afeganistão e a Síria foram recebidos principalmente com confusão, pois não envolviam um senso claro de previsão estratégica. O que você acha desse momento na história do império dos EUA?

Uma coisa clara é que Trump, que muitas vezes diz em voz alta o que poucos dizem, ele tem um senso geográfico muito claro dos Estados Unidos como o continente ameaçado pelo mundo ao seu redor. Ele e sua administração são frequentemente confundidos por quem que não está no continente. É muito difícil dar sentido à cacofonia da política externa de Trump, mas parece claro que ele imagina os EUA especialmente como o tipo de lugar em torno do qual se pode e deve construir um muro. As posições ultramarinas do país são coisas que o deixam profundamente desconfortável, e ele só vê o país nas fronteiras do continente.

O fim da influência americana no exterior poderia ser visto como algo bom. Mas na administração Trump tem sido reacionário e confuso. Como você tenta se dedicar a uma futura presidência de esquerda que realmente funcione para desmantelar o império americano?

Trump é enamorado pela força militar dos Estados Unidos e excitado pelo esforço violento, mas está tão desconfortável com o entrelaçamento entre o doméstico e o estrangeiro que mesmo acordos conjuntos, bases militares e territórios ultramarinos parecem desconfortá-lo até certo ponto. Isso o empurrou para uma política interessante. Posso imaginar uma política externa antiimperialista autoconsciente que tentasse retratar o império dos EUA – menos medo do estrangeiro que parece estar governando os instintos de Trump, mais do desejo de que os Estados Unidos se aproximem do mundo como um todo, um país entre outros, ao invés de uma força hegemônica dominante.

Há uma ironia na posição de Trump – seu temor do estrangeiro o levou ao que na superfície às vezes parece uma posição anti-imperialista. Mas isso não é incomum na história dos EUA. Depois de 1898, alguns dos mais anti-imperialistas, os que não queriam que os EUA anexassem territórios ultramarinos, eram racistas, e não queriam ver povos não-brancos na fronteira.

Não acho que um anti-imperialismo baseado na repulsa ao estrangeiro e no desejo de limitar o envolvimento com qualquer parte do mundo, seja um anti-imperialismo humano ou de sucesso. Pode parecer mais a forma como a desconsideração da administração Trump em relação a Porto Rico busca limitar o financiamento no rescaldo de dois furacões devastadores. Essa é, de fato, uma maneira dos Estados Unidos aliviarem sua presença em seu maior território, mas não acho que seja aceitável a qualquer pessoa que pense direito.

[1] Daniel Immerwahr é professor de história na Northwestern University, autor de “Como esconder um império e pensar pequeno: os Estados Unidos e a atração do desenvolvimento comunitário”;

Tanner Howard é jornalista e estagiário editorial do In These Times.

São membros do Democratic Socialists of America (Socialistas Democratas da América)


Tradução de José Carlos Ruy (texto em português do Brasil)

Exclusivo Editorial PV (Fonte: Jacobin)/ Tornado


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