“Disse mais o Senhor Deus: não é bom que o homem esteja só; façamos-lhe um adjutório semelhante a ele…”.
Gén. II, 18
O que mais intrigou o narrador desta história colocado em papos de aranha pelas circunstâncias disparatadas desta estranha vida do Inventor foi a provável ausência de mulheres na sua vida. Será credível esta hipótese? Esta é uma questão que o povo debate à boca pequena de casa em casa e de tasca em tasca. Até no adro da Igreja já houve uma reunião onde se aventaram todas as hipóteses. Sem mulheres a vida deve ser muito chata, disse o Pepe Mão de Fada. O que terá mudado o rumo da vida do nosso Inventor? Uma vasculhadela a todos os cantinhos onde se acoitava nas suas poucas horas de lazer não chega para grandes conclusões. Um ou outro postal ilustrado, velhos papéis antigos, o ferro e o aço acumulado, livros velhos com estranhas equações matemáticas, não chegam para ilustrar essa obscura ausência feminina na velha quinta senhorial. Há uma pequenina frase escrita a carvão numa parede que dá que pensar: “ Vanglória, a ti dedicarei as melhores horas do resto dos meus dias.”
(Vanglória, onde é que eu já ouvi isto, disse o nosso agente secreto e passivo).