“E colocou-as no firmamento do céu para luzirem sobre a terra”.
Gén. I, 17
A velha raposa espreitava muitas vezes do cimo da montanha e voltava a refugiar-se na sua toca. Ninguém percebe estes estranhos procedimentos. Nem eu que conto mais anos de vida do que o inventor. Qual o mistério? Diz-se também que à noite ficava longas horas a fitar o firmamento e a ouvir o eco das estrelas.
Coleccionava bugiganças e traquitanas sem ninguém entender patavina destes costumes. Aquilo que não se entende é como se não existisse, digo eu, Pepe Mão de Fada, aqui sentado nestas ervas. O povo ainda percebe menos destes fenómenos. Há quem diga que o inventor chegou apenas para lançar a confusão.
(Ouvi dizer que três jovens pastorinhos viram o Sol a bailar, alguém acredita?).