Segundo a Amnistia Internacional a admissão recentemente feita pela coligação militar liderada pelos Estados Unidos nas mortes de dezenas de civis durante a ofensiva sobre a cidade síria de Raqqa é a ponta do icebergue nas responsabilidades por graves violações de direitos humanos.
A esta inversão de marcha na narrativa da coligação é imperativo que se siga uma investigação urgente, meticulosa e independente para aferir a verdadeira escala nas mortes de civis causadas pelos raides aéreos e de artilharia da coligação e para ressarcir as vítimas e sobreviventes.
The US-led Coalition’s admission of responsibility is not surprising given the level of our evidence, and marks a welcome U-turn in its stance on the many civilians killed by its Raqqa offensive”.
A Amnistia Internacional investigou extensivamente no terreno os efeitos devastadores sobre Raqqa da ofensiva da coligação militar liderada pelos Estados Unidos contra o grupo armado autoproclamado Estado islâmico, documentados no relatório “‘War of annihilation’: Devastating Toll on Civilians, Raqqa, Syria” (“Guerra de aniquilação”: o custo devastador para os civis em Raqqa, Síria), publicado há dois meses. Também noticiado pelo Jornal Tornado, em Raqqa em ruínas.
A organização de direitos humanos mantém activa uma petição Investiguem as mortes de civis em Raqqa, na Síria! dirigida aos ministros da Defesa dos EUA, Reino Unido e França – que integram a coligação – instando a que investiguem os raides, reconheçam os erros cometidos e compensem as pessoas afectadas.
Receba a nossa newsletter
Contorne o cinzentismo dominante subscrevendo a Newsletter do Jornal Tornado. Oferecemos-lhe ângulos de visão e análise que não encontrará disponíveis na imprensa mainstream.