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Segunda-feira, Dezembro 23, 2024

EUA e Rússia: os sinais de uma corrida armamentícia

O presidente Russo Vladmir Putin anunciou, na quinta-feira (1) que seu país desenvoleu um novo arsenal estratégico capaz de levar ogivas nucleares e que não seria capaz de ser interceptado, como resposta a flexibilização dos limites para a utilização de armas nucleares nos EUA promovidos pela Administração Trump.Putin declarou, em rede nacional, que a Rússia testou uma série de novas armas nucleares no final de 2017, incluindo um míssil que poderia atingir todos os pontos do mundo e que não pdoeria ser bloqueado por outros sistemas antimisseis.

Quero dizer a todos aqueles que alimentaram a corrida armamentícia nos últimos 15 anos, procuraram tirar vantagens unilaterais sobre a Rússia e introduziram sanções ilegais destinadas a conter o desenvolvimento do nosso país: tudo o que você queria impedir com suas políticas já aconteceu” Disse, declarando que o sistema de defesa da OTAN e dos EUA é “úntil”.

O anúncio de armas que “ninguém tem no mundo” foi uma resposta à retirada dois EUA de um tratado feito durante a Guerra Fria que proíbe as defesas de mísseis. Segundo Putin, os EUA ignoraram as queixar russas: “vocês vão ter que nos ouvir agora”.

O presidente russo disse que as novas armas ajudarão a garantir a estabilidade global e impedir as tentativas de enfraquecer a Rússia. Para ele, um ataque nuclear contra seus aliados será interpretado como um ataque a própria Rússia, que responderá imediatamente. O anuncio do novo arsenal foi feito pouco antes as eleições russas, que acontecerão no dia 18 de março, e que, segundo as sondagens, Putin será reeleito com ampla vantagem.

Os Estados Unidos também tem reforçado o seu poder nuclear, ameaçando inclusive “destruir completamente” a Coreia Popular durante a Assembleia Geral da ONU em 2017. Nos últimos meses, a mídia tem reportado ações da Administração Trump para facilitar o uso de armas nucleares, além do investimento para desenvolver mais do seu arsenal.

A Revisão da Postura Nuclear, apresentada pelo governo Trump, que será apresentada em oito anos, prevê a permissão da utilização do armamento nuclear para responder a ataques não-nucleares. Essa possibilidade já havia sido abordada no documento relativo a Estratégia de Segurança Nacional redigida pela Administração Trump e apresentada no final de 2017. O documento foi divulgado em janeiro desse ano, contendo ameaças sugestivas para a China, Coreia Popular e Rússia, onde os EUA reafirmam seu poder bélico e militar a quem considera seus adversários.

As notícias de desenvolvimento do arsenal nuclear por parte dessas potências causa receio e temor mundial, uma vez que as armas nucleares apresentam grave perigo à humanidade. Ativistas internacionais pedem pelo fim do desenvolvimento desse tipo de tecnologia.Tensão similar foi sentida nos anos da Guerra Fria, quando a corrida armamentícia era intensa.

Texto original em português do Brasil

Exclusivo Editorial PV / Tornado

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