Faleceu, esta tarde, Boutros Boutros-Ghali, antigo secretário-geral da ONU, aos 93 anos
Boutros-Ghali morreu num hospital do Cairo, após ter sido internado com a bacia partida, avança a BBC.
A notícia da morte do egípcio foi confirmada por Rafael Dario Ramirez Carreno, embaixador da Venezuela nas Nações Unidas e actual presidente do Conselho de Segurança da ONU.
Boutros Ghali foi o primeiro africano a liderar as Nações Unidas, tendo sido empossado em 1992 e estado em funções até 1996. O Conselho de Segurança da ONU fez um minuto de silêncio após o anúncio da morte do antigo secretário-geral, antes da sessão de hoje sobre a crise humanitária no Iémen.
Recorde-se que o mandato de Boutros-Ghali foi marcado pela controversa intervenção – ou falta dela – no genocídio do Ruanda e na guerra civil em Angola, na década de 1990.
Após deixar a ONU, entre 1998 e 2002, Boutros-Ghali foi secretário-geral de La Francophonie, um grupo de nações de língua oficial francesa.
Em 2004, foi nomeado presidente do Conselho para os Direitos Humanos no Egipto, um organismo criado pelo então presidente Hosni Mubarak, pressionado para fazer reformas democráticas.
