Ainda na senda da saia de napa de Leal Coelho: eleva a griffe da campanha por Lisboa a um outro nível.
Chamem-me o que quiserem já andei pelos quatro cantinhos de Quarteira à Cedofeita e ao Bolhão passando pelo Martim Moniz e pela loja do senhor Abdullah Al Mamun que veio há tempos do Bangladesh mandou a família à frente e eles montaram um quiosque todo fino com malas de viagem e mochilas e lenços coloridos xailes e vegetais e sobretudo o bom do saboroso e delicioso jamun gulab doce típico dos países lá da terra e de todo o subcontinente indiano mistura de leite em pó e farinha que é frito depois emerso num xarope aromatizado com cardamomo subiu kewra água e o açafrão o que por vezes também pode ser adicionado ao mel ajuda a dar o sabor doce irresistível e único mas o que é que isso interessa se depois fico como a Teresa Caeiro que já só cabe no banco de trás do Miguel e estamos as duas a precisar de ginásio porque isto a gula e a mudança de idade fez do Pavarotti o que ele já era mas eu andei pelos quarto cantinhos à procura de uma saia de napa como a da Teresa Leal Coelho aquela que é leal ao Coelho e que anda com uma minissaia que distrai os deputados aqui da Assembleia Municipal de Lisboa babam-se e ficam a ver onde é que aquilo desemboca todos de boca aberta e o vereador do CDS até telefonou para a Cristas veja lá se leva para a campanha a camisolinha dos kiwis e suba a saia que aumenta as audiências o Medina vai fazer a campanha por Lisboa de collant de licra e t-shirt de cavas e rabiosque espetado na triciclovia salvo seja ou mesmo numa minimaratona pelas avenidas fora e depois eu que nem tenho dinheiro para estas coisas descobri que a saia não era de napa mas de pele e fiquei desvairada e infelizmente todos os meus amigos do sul só pensam em gajas e bebidas vou ter de arranjar mesmo uma saia daquelas e uma garrafa de aguardente de pera ainda há noites frias e li que o álcool pelo menos o vinho estimula mais o cérebro do que resolver uma equação matemática e as voltas que eu dou para não falar nem do Trump nem daquele comentador pequenino nem do outro dos olhos mirrados ou do outro que continua a fazer recados porque é leal ao coelho que por acaso já não tem a lealdade dos outros meninos e que está aqui está no aviário ou a trabalhar com o Relvas ou numa linha de produção de casacos de feltro ou vou às compras e pronto ponto final