Estes alertas internos são designados por “hoots and squawks” e foram lançados através das ” squakw boxes” (linhas de comunicação directa da empresa com as corretoras).
A Autoridade Reguladora declarou que a DBS ignorou os múltiplos avisos vermelhos sobre a potencial informação confidencial que podia chegar ao conhecimento dos seus vendedores e clientes. Houve ” graves falhas de supervisão”. “Os alertas lançados podiam conter informação confidencial, passível de ser usada pelos seus negociadores e clientes”, declarou a FINRA.
Para além da multa de 12,5 milhões de dólares, a DBS tem que garantir, por escrito, que “adoptou e implementou sistemas de supervisão e formalizou medidas relativamente aos ” alertas” para que esteja devidamente em cumprimento com as regras da FINRA e com as leis federais sobre títulos e valores mobiliários.
A FINRA é o mais importante regulador independente de todas as empresas de valores mobiliários que operam nos Estados Unidos. Em 2015, levantou 1512 acções disciplinares contra corretores e empresas de corretagem, arrecadando 95 milhões de dólares em multas.
Em Julho, este regulador multou a DBS em seis milhões de dólares por esta não ter entregue dados comerciais exactos e exaustivos.
Foi a multa mais elevada imposta pela FINRA por violações das designadas ” blue sheets”. .
Como parte desse acordo, a DBS garantiu que iria ter um consultor independente por forma a melhorar o tratamento e a produção das informações comerciais.
Na segunda feira, a FINRA declarou que a DBS tinha conhecimento dos alertas de que a pesquisa e as transacções podiam conter informação confidencial com afectação nos preços.
Contudo, informou o regulador, a empresa ignorou repetidamente, durante vários anos, as luzes vermelhas que indicavam que a sua supervisão estava desadequada.
“As luzes vermelhas incluíam conclusões e recomendações da sua auditoria interna, múltiplos avisos internos, por parte dos membros do seu departamento de compliance e do de avaliação de riscos.
A DBS continua a falhar na protecção de alertas relativos a matérias e informação confidenciais, no sentido de que não sejam do conhecimento público.
Não implementou, por escrito, políticas, procedimentos e sistemas de governance que regulem quem pode ter acesso e como tratar essa informação de alertas e do modo como os supervisores podem controlar os funcionários do seu departamento para garantir a compliance”, declarou a FINRA.
A DBS acatou as conclusões do regulador sem admitir ou negar as acusações.
Fonte: pág web da FINRA