É intolerável a leviandade com que estes funcionários (inimputáveis e irresponsabilizáveis perante o eleitorado ou qualquer ordem democrática) decidem da vida e da morte de um Povo, de uma Nação e de um Estado Soberano. O terrorismo destas Lagardes e destas Troikas é muito pior, mais grave e mais caro do que o do Daesh.
Alegremente, submetem um País à tortura financeira, comportam-se como terroristas financeiros donos de uma verdade absoluta que não admite contraditório, e quando fica à vista de toda a gente que disparataram, quando o disparate já deixou de ser ocultável, vêm com todo o desplante dizer, através de um comunicado ou de um estudo, “eh, pá, a gente enganou-se, esta trampa estava toda errada, desculpem lá qualquer coisinha…”.
Os gajinhos da treta que, entretanto, sem estudos específicos nem experiência política, apareceram de rompante como “políticos” e logo foram nomeados “ministros” para aparar o jogo destes altos irresponsáveis no desfazer e colapsar de um País, esses gajinhos são, assim que descartados, logo nomeados para um “alto cargo” muito cheio de privilégios e bem longe de Portugal.
Não é preciso fazer a lista desses gajinhos mas, pergunto, por onde anda, há anos, o (ir)responsável ministro do “brutal aumento de impostos”…?
Não é possível e nem admissível este tipo de violações de um País, da sua Democracia, do seu Povo, da sua Vontade, da sua História. Simplesmente, não é possível e nem admissível! Todo este triste, miserável, patético, incompetente e trágico “folhetim” o mostra e demonstra.
Mas o “folhetim” também mostra e demonstra – e esta é a lição principal destes anos negros – que não há Democracia sem Soberania e que não há possibilidade de vida democrática fora do Estado Soberano.
Agora, dizem que se enganaram nos cálculos mas a verdade é que, mandatadas por Berlim/Bruxelas, forças (estranhas ao País e não responsabilizáveis perante o soberano eleitorado) procederam à organização e à execução da pilhagem do País e à destruição da grande maioria das suas estruturas económicas (e para esse “exercício” de pilhagem os cálculos da Troika estavam todos certos…).
Foi uma campanha de guerra económica. Fica bem visível e claro, depois deste “exercício”, que a actual “União Europeia” não só não é união nenhuma como é, de facto, o campo de batalha de uma guerra económica em que os vários pequenos Estados da periferia marítima estão a ser devorados pelo grande Estado do centro do continente (e seus aliados de circunstância).
O maior Estado da periferia marítima e, simultaneamente, o mais poderoso da EU, em termos militares, já se rebelou contra este “cenário europeu” e decidiu soberanamente (porque a sua força militar lhe permite margem de manobra para impor tal decisão) sair da EU. O impacto estratégico na “Europa” desta decisão pode ser a janela de oportunidade de corrigir “filosofias” e procedimentos ou, se o não for, poderá ser o início de uma imparável fragmentação.
União Europeia? Sim, mas a união possível de soberanias, com absoluto respeito pela soberania de cada Estado dessa união.
Depois da guerra económica que fez à Nação Portuguesa (e a guerra económica é uma sinistra e encapotada forma de guerra), esta Lagarde deveria ser levada a Tribunal de Guerra. Tal como todos os seus cúmplices, incluindo os cúmplices locais.