“Comentarista de direita é favorito em eleição presidencial em Portugal”, escrevia há algumas horas atrás o jornal Folha de São Paulo. O diário brasileiro previa que o candidato ganharia com facilidade, acrescentando, porém, que a dúvida seria se haveria ou não “segundo turno” (segunda volta). O artigo fala ainda do crescimento, nas sondagens, das intenções de voto em Sampaio da Nóvoa, ex-reitor da Universidade de Lisboa, explica o regime presidencial em Portugal e avança com uma análise de André Azevedo Alves, docente no Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica sobre o assunto. A Folha de São Paulo menciona o papel de Marcelo Rebelo de Sousa como comentador televisivo e as suas ligações ao Brasil, evocando ainda o pai de Marcelo, o ex-governador Baltasar Rebelo de Sousa, e o filho, Nuno, que vive em São Paulo.
Já a agência Reuters dedica um vídeo de cerca de um minuto, relembrando a “aliança tremida” de esquerda que governa o país desde Novembro e mencionando que muitos analistas não esperam que o executivo de Costa dure os quatro anos de mandato. Lembra ainda que quem quer que ganhe as presidenciais, tem o poder de dissolver o Parlamento e convocar eleições legislativas antecipadas. A Reuters fala do favoritismo de Marcelo Rebelo de Sousa nas sondagens e do facto de Sampaio da Nóvoa ser o segundo nas mesmas.
“Portugal: a direita à cabeça”, escreve o Le Monde na sua página online. “O conservador Marcelo Rebelo de Sousa eleito na primeira volta”, “ O artigo faz uma breve biografia do professor de Direito, salientando o papel como comentador televisivo e o seu favoritismo em relação a Sampaio da Nóvoa e a Maria de Belém.
Por sua vez, o The Guardian escreve “Um bem conhecido comentador de TV do centro-direita chamado ‘Professor Marcelo’ é o favorito para ser o próximo presidente de Portugal nas eleições de domingo”. O jornal britânico menciona as sondagens, cita cidadãos entrevistados pela Agência France-Presse, recorda os dois mandatos de Cavaco Silva e a relutância deste em convidar António Costa para governar. O The Guardian dá especial enfoque a como a aliança de esquerda chegou ao poder e aos desafios enfrentados pelo líder socialista (e primeiro-ministro) para se manter governante. Também é lembrado o apoio público dado por José Mourinho, ex-treinador do Chelsea, ao professor de Direito.