A seca e a concentração de renda no nordeste, que criaram este cenário de miséria a abandono, são flagelos que remontam aos anos de colonização brasileira.
No século 20, com o desenvolvimento urbano, o contraste da seca tornou-se um quadro triste e nítido para os brasileiros.
Em 1932, quando outra estiagem devastou o sertão, se tornou conhecida a indústria da seca: as oligarquias econômicas e políticas da região que usavam recursos do governo em benefício próprio, com o pretexto de combater as mazelas do fenômeno climático.
A cultura deu voz à denúncias sobre aquela situação. A seca foi tema de peça de teatro, literatura e música grandiosa na voz de Geraldo Vandré.
Canção Nordestina
Composição: Geraldo Vandré/1964
Intérprete: Geraldo Vandré
Que sol quente que tristeza
que foi feito da beleza
tão bonita de se olhar
que é de Deus e a Natureza
se esqueceram com certeza
da gente deste lugarOlhe o padre com a vela na mão
tá chamando pra rezar
menino de pé no chão
já não sabe nem chorar
reza uma reza comprida
pra ver se o céu saberá.Mas a chuva não vem não
e esta dor no coração
Aí quando é que vai se acabar,
quando é que vai se acabar?
Texto em português do Brasil
Exclusivo Editorial Rádio Peão Brasil / Tornado