Os Rolling Stones foram esta semana a Havana realizar um concerto para mais de meio milhão de pessoas, mas o governo cubano não teve que pagar os milhões considerados necessários para a organização do evento.
O concerto da banda britânica, realizado na passada sexta-feira, no estádio Ciudad Deportiva, foi financiado pela Fundashon Bon Intenshon, uma organização de beneficência, com ligações a um empresário da ilha de Curaçao.
Segundo a revista norte-americana ‘Billboard’, especializada na indústria musical, os Stones e a AEG, empresa responsável pela digressão, prescindiram do cachet ou dividendos. O dinheiro proveniente do mar do Sul das Caraíbas destinou-se apenas ao pagamento do transporte por via marítima de 61 contentores cheios de material técnico e ao aluguer de um Boing 747 que transportou uma equipa de 350 pessoas.
O custo do concerto em Cuba rondou os sete milhões de dólares (cerca de 6 milhões e 300 mil euros), adianta ainda a revista.
A Fundashon Bon Intenshon, do empresário Gregory Elias, tem como objectivo “apoiar projectos de beneficência internacionais nos campos da educação, desporto, literacia cultural, cuidados de saúde e turismo”.
Os promotores do concerto dos Rolling Stones consideraram o espectáculo de 25 de Março, como “um abraço histórico entre o povo cubano e a comunidade musical internacional”.
Por seu lado, o Granma, jornal do Partido Comunista de Cuba, publicou no sábado que “os Rollings Stones prometeram um show espectacular e cumpriram, tanto cubanos como estrangeiros, viveram até ao limite um concerto que ficou registado para a história”.