A Esquerda Unitária (GUE) do Parlamento Europeu, grupo de que fazem parte os deputados do PCP e do BE, afirma em comunicado divulgado esta sexta-feira que “a aprovação pelo senado brasileiro do procedimento para afastar Dilma Rousseff, presidente eleita do Brasil, é um passo decisivo imposto pela direita e pela oligarquia brasileira para um golpe de Estado, com a interferência dos Estados Unidos”.
O GUE, considera que o processo de afastamento de, Dilma Rousseff, é “um passo para um golpe de Estado”. Lê-se ainda, no referido comunicado, que o processo “é liderado por membros com um histórico conhecido de irregularidades e actividades ilegais” que estão sob investigação judicial.
“A aprovação pelo senado brasileiro do procedimento para afastar Dilma Rousseff, presidente eleita do Brasil, é um passo decisivo imposto pela direita e pela oligarquia brasileira para um golpe de Estado, com a interferência dos Estados Unidos”, lê-se num comunicado divulgado ontem (13) pelo GUE.
O grupo do Parlamento Europeu salienta ainda que é preciso lembrar que “os argumentos usados não resultam de qualquer processo penal e que o processo é liderado por membros com um histórico conhecido de irregularidades e actividades ilegais, que estão sendo investigadas judicialmente”.
O Senado brasileiro aprovou (no dia 12) a admissibilidade do processo de impeachment de Dilma Rousseff, com 55 votos a favor e 22 contra.
Michel Temer
Sobre o agora presidente interino, o GUE salienta que Michel Temer é alvo de acusações de corrupção e suborno.
Temer assumiu interinamente a presidência do Brasil depois de Dilma Rousseff ter sido afastada temporariamente pelo Senado, por um prazo máximo de 180 dias, por suspeitas de irregularidades orçamentais, como despesas não autorizadas.
O GUE afirma ainda que “as forças mais reaccionárias e o imperialismo nunca aceitaram o processo de mudança que começou em 2002, com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, e procederam desde então a uma escalada de interferência e desestabilização para derrubar o governo eleito democraticamente”.
Nos próximos seis meses, o Senado brasileiro vai julgar Dilma Rousseff, num processo que será presidido por um juiz do Supremo Tribunal Federal (STF).
O afastamento definitivo da chefe de Estado ocorrerá se Dilma for condenada por uma maioria de dois terços dos membros do tribunal.