Uma das primeiras tarefas que o novo governo socialista vai ter pela frente é uma análise muito a fundo de todo o processo de concessão das portagens da A22 (Via do Infante), em especial, o respectivo contrato. Isso mesmo foi garantido pelo deputado do PS, José Apolinário, no decorrer de uma assembleia da Comissão de Utentes da Via da Infante, realizada no Sábado, em Faro.
É uma tarefa que se impõe, diz João Vasconcelos, um dos dirigentes da comissão, e agora também deputado, eleito pelo Bloco de Esquerda. É que “o contrato tem cláusulas secretas que têm de vir para a praça pública”. João Vasconcelos espera que, eventualmente, por esta via seja possível concretizar aquilo que a comissão pretende, que é, pura e simplesmente, “acabar com as portagens” o mais rapidamente possível. A situação actualmente existente “é uma injustiça”, é má para a economia e, mais grave do que isso, causa muitas vítimas em acidentes na Estrada Nacional 125, para onde foge a esmagadora maioria dos automobilistas, para escapar às portagens.
Embora esteja de acordo quanto aos malefícios das portagens, o deputado socialista José Apolinário não se compromete taxativamente com esse objectivo, a curto prazo. Numa primeira fase, a ideia é conseguir “uma redução substancial” do preço das portagens, na busca de uma solução final “tendencialmente gratuita”.
Ainda assim, estes deputados – e também o socialista António Eusébio que, igualmente, marcou presença nesta assembleia – combinaram reunir muito proximamente, de forma a tentarem encontrar uma estratégia comum.
Para além desta, vão ser desenvolvidas diversas outras iniciativas e contactos junto de autarcas e forças vivas da região. Vai ainda ser levada a cabo uma acção de protesto a 8 de Dezembro, dia em que se cumprem quatro anos sobre a introdução das portagens na Via do Infante.