Esses são símbolos da guerra à velocidade da luz e do som. A próxima guerra será silenciosa, à velocidade da vida.
Qualquer um perceberá que o caos se instalará se os sistemas de satélites forem atacados. Pára tudo…
Sem entrar em grande detalhe direi que os mercados financeiros dependem da exactidão da hora e da velocidade da informação retransmitida pelos sistemas de satélite. As redes de metro, a televisão, as caixas multibanco, a internet, até as bombas inteligentes tornar-se-ão brutalmente estúpidas na ausência destes sistemas.
Os diligentes drones não conseguirão trocar informação com as suas bases, assim como os barcos de guerra verão deteriorar-se a comunicação com os respectivos comandos. A aviação comercial ficará em terra por falta de informação de apoio à navegação. Estações de energia e de tratamento de água ficarão descontroladas. Conclusão? O caos…
Parece uma cena de ficção científica mas não é!
A boa notícia é que enquanto ouvirmos o som dos teclados de computador ainda estamos longe deste pesadelo. Claro que os cyber ataques se dão, igualmente, à velocidade da vida, afectando-a irremediavelmente. E estes acontecem já enquanto escrevo este texto. Mas é uma outra guerra…
A guerra pela supremacia do espaço já começou
São referidos como marcos históricos da guerra espacial a destruição em 2007 de um pequeno satélite chinês pelo seu congénere kamikaze Shiyan e, mais recentemente, o lançamento do satélite espião russo Kosmos 2499, no espaço desde Setembro de 2014.
Neste momento existem no espaço máquinas capazes de raptar satélites. Outras de os silenciar ou destruir, anti-satélites, kamikazes, etc. Ainda, na guerra espacial desde a terra existem armas laser e drones que conseguem atingir o espaço sideral com propósitos diversos.
Nesta guerra nada está fora dos limites porque não há limites. Ao contrário do que acontece com as guerras no terreno, não haverá sequelas, apenas a primeira guerra espacial ocorrerá. Entretanto alguém terá de conseguir controlar os mais de 10.000 objectos que circulam à volta do planeta. Para além de satélites existem pequenas porções de lixo viajando 20 vezes à velocidade do som.
A solução para muitos destes problemas parece estar na criação de uma nova rede de micro satélites do tamanho de uma torradeira.
2018 será o ano da chegada dos chineses ao lado escuro da lua. E, nesse mesmo ano os EUA poderão contar com a nova geração GPS3.
Conclusão, a nossa segurança depende, exclusivamente, do espaço. A criação de uma força santuário torna-se essencial para que isso possa acontecer.