A 8 de Novembro de 1971 era posto à venda o quarto álbum dos Led Zeppelin, sem título
Embora seja conhecido por Led Zeppelin IV, este álbum, na verdade, não tem título. Jimmy Page descontente com as críticas sobre o anterior LP da Banda – Led Zeppelin III – , nomeadamente por não ter um título atribuído, declarou então que “os títulos não têm qualquer importância. O que importa é o conteúdo”. E garantiu mesmo que a próxima obra da banda não teria qualquer título. E assim foi. Ao invés, a capa inclui quatro pequenos signos, correspondendo cada um a um membro do grupo: Jimmy Page, Robert Plant, John Paul Jones e John Bonham. Quem não gostou muito da ideia de editar um “no name” álbum foi a editora, que insistiu com a banda para dar título à obra. Mas prevaleceu a vontade de Jimmy Page, que contou com o apoio dos colegas.
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Neste início da década de 70, os Led Zeppelin afirmavam-se já como uma das principais bandas, de maior êxito mundial, graças a três álbuns editados, com grande sucesso de vendas. Mas, curiosamente, o percurso dos Led Zeppelin para o grande êxito foi contrário ao habitual nas bandas britânicas. O primeiro disco do grupo só viria a ter sucesso no Reino Unido, depois de ter chegado aos tops nos Estados Unidos.
Led Zeppelin IV (ou o LP sem nome) foi gravado em três diferentes locais: Sarm West Studios, Headly Grance (Inglaterra) e os Sunset Studios, em Los Angeles, tendo contado em grande parte com a colaboração de Ian Stewart (“Stu”), o pianista nos Rolling Stones.
O resultado foi um LP com 8 faixas (4 em cada face), que incluem alguns dos mais inspirados temas dos Led Zeppelin, compostos pela dupla Jimmy Page/Robert Plant, casos de “Black Dog”, “Rock and Roll”, “The Battle of Evermore” e “Stairway to Heaven”. Ou seja: toda a face A deste disco é uma verdadeira obra-prima, tornando este álbum num dos mais emblemáticos da discografia da banda britânica.
Sem título, mas com quatro “assinaturas” em forma de signos, o grupo esmerou-se na procura da capa certa. Que seria encontrada numa pintura rústica do século XIX, que Robert Plant comprou numa loja de antiguidades em Reading.