“Meddle”, um dos mais geniais discos dos Pink Floyd, mas também um dos mais esquecidos da banda britânica, foi colocado à venda precisamente há 44 anos. Em plena encruzilhada criativa, os Pink Floyd decidiram então gravar um disco de forma inédita, com todos os elementos do grupo – Roger Waters, David Gilmour, Richard Wright e Nick Mason – a trazerem para estúdio as sua próprias criações individuais, dando ideias para a construção da malha sonora do disco, com o teclista Richard Wright a ter um papel relevante na mistura final.
O resultado é um álbum com 6 temas, mas com “Echoes” a ocupar toda a face B do álbum. Acreditada aos quatros membros da banda, a composição do longo tema “Echoes” (com quase 24 minutos) tornar-se-ia num dos mais emblemáticos dos Pink Floyd. Uma face do disco com apenas o tema “Echoes” que constrasta com a outra, preenchida por 5 temas: “One of these days”, “A Pillow of Winds”, “Fearless”, “San Tropez” e “Seamus”.
Um disco de emoções intimistas que se tornaria, a par de More (banda sonora do filme com o mesmo título), um dos mais “obscuros” da discografia da banda, mas também uma verdadeira obra de culto para os fãs da banda. A começar pela capa: uma fotografia de Bob Dowling, que representa um ouvido, debaixo de água, a captar ondas de som.
“Meddle” foi gravado de Janeiro a Setembro de 1971, aproveitando pequenos intervalos nos constantes concertos dos Pink Floyd na Europa, Estados Unidos, Austrália e Japão. Mas a banda ainda arranjou tempo para as filmagens de “Live at Pompei”, um notável documento que mostra os quatro membros do grupo a tocarem nas ruínas de Pompeia (perto de Nápoles), sem espectadores nas bancadas do anfiteatro romano (ver video).