No próximo dia 28, assinalam-se os 90 anos do 28 de Maio de 1926.
Nesse dia, um golpe militar, comandado pelo General Gomes da Costa pôs fim à Primeira República, instaurando uma ditadura militar que durou entre 1926 e 1933. Neste período de tempo foram suspensas várias liberdades; não houve eleições para o Parlamento; proibiram-se greves e manifestações e foi instaurada a Censura.
Dois anos depois, em 1928 António de Oliveira Salazar é convidado para Ministro das Finanças; e em 1932, é nomeado Chefe do Governo, lugar que ocupará ao longo de 36 anos.
A partir de 1933 (com a aprovação da Constituição de 1933) instaurou-se em Portugal um novo regime político a que se deu o nome de Estado Novo.
Um Estado Novo, corporativista, anti-parlamentar, católico, com inspiração vinda da Itália fascista, dominado por um ditador mesquinho e tacanho que redesenhou o País à imagem da sua aldeia.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial e o início da Guerra Fria, Salazar empreende a modernização do aparelho policial secreto, criando em 1945 a PIDE.
Uma longa noite tinha começado na madrugada de 28 de Maio de 1926.
No dia 29 de Maio, o canal 2 da televisão pública inicia a transmissão de uma série de 9 episódios, em formato documentário da autoria do jornalista Jacinto Godinho, sobre A História da Pide. Os nove episódios contam a história da fundação do Estado Novo, um trabalho exaustivo feito com muito material de arquivo da própria RTP e da Cinemateca Portuguesa e com consultoria da historiadora Irene Pimentel.
Na verdade, a História da PIDE não é apenas a história da Polícia Internacional de Defesa do Estado. É a história de todas as polícias políticas dos 48 anos das Ditaduras Militar e a do regime do Estado Novo.
