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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

Huambo, cidade do livro e da paz

João Angelino, no Huambo
João Angelino, no Huambo
Jornalista (Estagiário)

A Brigada jovem de literatura do Huambo, realizou uma feira do livro em alusão ao dia mundial do livro, intitulado, Huambo, cidade do livro e da paz.Tal como as outras organizações, claro, a brigada jovem de literatura sendo constituído por jovens ligados à literatura e como é a representação da união dos escritores no Huambo não podia ser diferente, é por isso que, diante desta jornada realizaram-se fogueiras poéticas, lançamentos de livros e também palestras e no dia mundial do livro (23/04), estamos aqui a culminar com está feira que terá na verdade duração de dois dias, denominada Huambo cidade do livro e da paz. Nesta feira temos livros ligados à literatura artística, cientifica, desde a medicina, economia, direito, vamos também à própria poesia, o romance, dramaturgia, etc. temos livros de todos os quadrantes e até infantis. A perspectiva é mobilizar o público-alvo, de modos que haja maior adesão e que também a sociedade tome consciência que se deve apostar muito mais nos livros e que aqueles que são os decisores públicos, que têm na verdade o poder nas mãos possam também apostar na literatura, pois uma pátria faz-se com os livros, porque nos livros é onde encontramos o conhecimento, encontramos a própria sabedoria e claramente devemos dar mais atenção aos escritores.”

Sublinhou o coordenador provincial da brigada jovem de literatura do Huambo, Afonso Cachequele Lenguessa.

A abertura da feira foi precedida por Director provincial da cultura, Dr. Venceslau Cassesse, que entre outros assuntos, elogiou as acções levadas acabo pela Brigada jovem de literatura do Huambo.

A feira aconteceu no jardim da cultura, defronte à Biblioteca Constantino Kamoli, e reuniu cinco expositores. Presente esteve também o critico literário Inocêncio Fortunato Kwanga, que falou em exclusivo ao Jornal Tornado.

Estou a acompanhar a esta feira enquanto linguista, enquanto ensaísta da crítica literária e enquanto hermeneuta. O meu real objectivo é acompanhar este processo que há entre os expositores e os adquirentes das obras, ou seja, a relação que há entre os expositores e aqueles que venham cá adquirir as obras. Por ser o primeiro dia, não posso avançar aqui com grandes dados, mas diria mesmo que há pouca fluência de gentes, penso que podia-se ampliar mais a divulgação nos Mídia de massa, estou a falar propriamente da rádio e até alguns jornais. Refiro-me a isso porque há aqui uma pouca presença da média local, com realce a Rádio Huambo, no campo da informação audiovisual apenas apareceu a Tv palanca e na média internacional o Jornal Tornado, o que não é muito bom numa sociedade que prese o livro. Recomendo aos expositores que não desistam, porque é preciso lutar na comercialização titânica de livros, e as entidades competentes que velassem mais pela divulgação do livro, porque afinal de contas, o livro, até ao momento é o meio mais fidedigno naquilo que é a transmissão do próprio conhecimento, o livro é mais sólido e o livro é mais substancial”

O expositor Valentino Kukende Castro, salientou alguns dados e expressou algumas recomendações:

A adesão à feira está um pouquinho fraca, penso que a informação não fluiu, sendo hoje o primeiro dia, porém acreditamos que até amanhã haverá maior adesão. Trouxemos vários ingredientes literários, nomeadamente literatura infantil, poesia, contos e para os adultos, trouxemos livros sobre ciência e técnica e livros recreativos. Seremos muito gratos se os amantes de leitura darem um salto aqui no local da feira.”

Apesar da gama de livros, ainda assim alguns visitantes sentiram-se insatisfeitos porque não conseguiram localizar livros de seus interesses, entre quais, o senhor Mateus Luís Franco.

Procurei o livro o segredo da riqueza. Não consegui encontrar, por isso, recomendo aos expositores que, nas próximas vezes tragam também livros de empreendedorismo, visto que Angola já está a tomar proporções muito acentuadas e há cada vez mais necessidades de investimentos privados e os expositores devem trabalhar em congruência com necessidade e os interesses vitais dum país em via de desenvolvimento.”

O autor escreve em PT Angola

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