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Segunda-feira, Novembro 4, 2024

Incêndios

Joaquim Jorge, no Porto
Joaquim Jorge, no Porto
Biólogo, Fundador do Clube dos Pensadores

Na tragédia em Monchique um enorme OBRIGADO aos bombeiros. Sou contra o aproveitamento político, aquando de uma catástrofe com estas dimensões.

Deve haver um período de nojo durante um incêndio destas proporções. A arder tanta floresta, sinto que morre um pouco de mim e de nós portugueses. É de bom-tom, quando alguém está doente ou a morrer, não se dizer mal dessa pessoa, apesar de ela ter defeitos, e ter tido atitudes e comportamentos reprováveis.

Neste caso, os ataques ao governo deveriam ter ficado para mais tarde. Nenhum governo no seu perfeito juízo, deseja algo semelhante. keep calm and wait for the aftermath of the fire (manter a calma e esperar pelo rescaldo do fogo).

Os especialistas deram palpites sobre o incêndio em Monchique, todavia não vi nem li nenhum documento ou informação destes senhores, do alto risco da floresta em Monchique.

Irrita-me imenso falar-se depois de uma calamidade como esta que aconteceu, com imagens na televisão com as pessoas desesperadas a deixarem as suas casas. Procuro imaginar-me numa situação idêntica. Há uma dor, uma impotência, uma aflição, uma angústia que mais parece tortura.

Nenhum governo está livre de lidar com tanta desolação e tanta desgraça. Os incêndios em Portugal viraram drama nacional. Tudo isto se deve a anos e anos de vivermos ao Deus-dará, sem prevenção, falta de civismo e determinação sobre os criminosos.

Todos os governos, depois do 25 de Abril, têm a sua quota-parte de responsabilidade, assim como, a falta de civismo dos portugueses não verem para além do seu quintal.

Nas próximas eleições legislativas 2019, o tema central, para além da dívida pública, deverá ser a preservação da floresta portuguesa e o seu redimensionamento.

 

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