Poema de Delmar Maia Gonçalves
“Incógnito”
Eu cidadão qualquer
de um mundo que já existe
e ninguém reconhece
Vou driblando
os postes esguios e tortuosos
por entre os seixos e pedras
dos caminhos
de fio a pavio
fintando a métrica
hermética imposta
das volumetrias poéticas do rebanho
e a geometria
das vidas vazias
que nos ofertam.
II
O que resta
ao poeta
senão viver inconformado
e não vergado?
Embora
com a voz silenciada
ninguém consegue
apagar a essência do verbo
no fogo da vida.
III
Sempre gostei de harpas
mas não delas
tocadas por Lobos
disfarçados de Homens!
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